quinta-feira, 10 de março de 2016

“O Oportunismo de Lula”


Manifestações do dia 13 de Março
Quem gastar alguns minutos lendo os termos da delação premiada do senador Delcídio verá que praticamente todos os itens do documento – Pasadena, Bumlai, Cerveró, Sítio de Atibaia – só para citar alguns, de há muito são do conhecimento geral. A maioria foi manchete de jornais ou capa das principais revistas por mais de uma vez. A novidade é que os fatos são agora ratificados na íntegra e com detalhes pela terceira pessoa em importância do governo petista, nada mais nada menos do que seu líder no Senado. Todos, de uma ou outra forma, envolvem o ex-presidente Lula, no exercício ou não do seu mandato.

Nos seus seguidos encontros com a presidente, certamente, Lula deve gastar bom tempo para alertá-la sobre o risco de que parte considerável dos integrantes do seu governo terminem nas barras dos tribunais, ela incluída.

Lula está desesperado e, como é do seu estilo, valeu-se do chamamento da Lei, por meio de “condução coercitiva, ” de resto aplicada a todos os demais investigados. Qualquer que fosse a forma de convocação do Juiz Sergio Moro, ela seria usada por ele para armar o ridículo espetáculo que se seguiu ao seu depoimento.

E é sobre isso em especial que desejo manifestar nossa preocupação. Lula, uma vez mais, claramente, incitou à violência fazendo-se de vítima. “Nós e eles”, “pobres e ricos”, “elite e explorados” e, mais grave, a convocação do que ele em outra ocasião chamou de “exército do Stedile”. Deveria ser chamado à responsabilidade por isso. Mais ainda porque não desconhece o ambiente explosivo que reina no país, fruto do desastre que os treze anos de experiência petista provocaram. Uma pena que no noticiário sobre o assunto, parte da mídia embarcasse na imagem de perseguido que Lula tentou passar e, acreditem, definisse seu “pronunciamento” como o de um “grande orador”. Incorrigíveis oportunistas como sempre.

Utilizar as Forças Armadas para combater mosquitos, socorrer populações atingidas por tragédias ambientais, organizar jogos esportivos e tantas outras ações estranhas à sua real destinação, muitas vezes abusivamente porque substitui órgãos instituídos, exatamente, para cuidar de tais tarefas, é uma coisa, mas empregá-las para garantir ou restabelecer a ordem pública depois do caos instalado é coisa muito diferente. Isso se faz com armas nas mãos, e armas de guerra. Já vimos, participamos e esperamos que não mais se repita no nosso País.

Por isso, é essencial que todas as atenções estejam voltadas para os próximos e temerários passos do ex-presidente, mas sem que se admita possam seus impensados atos constranger a Justiça no propósito de investigar cada um dos eventuais delitos por ele praticados. Afinal, a Lei é para todos.

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