segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Manifestação do dia 13 de dezembro de 2015 - Copacabana Posto 5


Manifestações pelo Impeachment da Dilma


13 de dezembro de 2015 - Pátio do Estádio Willie/Maringá


BOLSONARO tem recepção de popstar em ato PRÓ-IMPEACHMENT


A manifestação ainda colhe assinaturas em favor 
do projeto do MPF para implantação de 
"DEZ MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO" 
(Foto: Fábio Motta/Estadão conteúdo)
"Quanto mais a DILMA ficar lá, pior para o BRASIL", disse

 O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegou à manifestação que acontece em Copacabana pouco antes do meio dia. O político foi recebido pelos manifestantes como um popstar e parou para fazer selfies, receber abraços e pedidos de "tira a Dilma de lá".

Bolsonaro justificou sua presença na manifestação: "Vim porque sou cidadão. Recebi convites para estar em Manaus, Porto Alegre, Recife, Fortaleza. Nos outros (estados) não estive porque estava viajando", disse o parlamentar.

Trajando uma camiseta branca com a frase "Direita Já", ele falou sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Tem que sair. Quanto mais a Dilma ficar lá, pior para o Brasil", disse.

Assinaturas. A manifestação que acontece em Copacabana também serve para o recolhimento de assinaturas em favor do projeto do Ministério Público Federal (MPF) que pede apoio para a implantação de dez medidas contra a corrupção. Luiz Alexandre, do movimento Vem Pra Rua, era um dos que recolhiam as assinaturas.


"Isso aqui independe de partido, depende de caráter. Assina quem tem ética", declarou. "Vim de São Gonçalo para mostrar que nossa manifestação não é exclusiva de moradores da zona Sul", comentou. (AE)

#ForaPT: Hino das manifestações do dia 13 de dezembro


IMPEACHMENT não é golpe! IMPEACHMENT é legal e CONSTITUCIONAL!


Com adesão menor, grupos preparam novo ato pró-impeachment para março


Primeiros atos após o início do processo de destituição da 
presidente Dilma Rousseff no Congresso têm participação 
mais fraca em relação aos de agosto deste ano 
(Foto: Nilton Fukuda/Estadão conteúdo)
Para oposição, foi um erro fazer mobilização em cima da hora

As primeiras manifestações de rua convocadas por movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitar o processo de impeachment da presidente foram menores do que o esperado pelos organizadores, que já preveem novo ato em março do ano que vem.

Em São Paulo, principal palco das manifestações anti-Dilma no País, os atos na Av. Paulista foram visivelmente menores e representantes do Movimento Brasil Livre estimaram em 80 mil pessoas. Já o líder do Vem Pra Rua falou em 100 mil pessoas. Os números são bem inferiores aos dos protestos de agosto, quando a Polícia Militar registrou 350 mil pessoas na Av. Paulista. "A gente já esperava que a manifestação de hoje tivesse menos gente, já que tivemos só dez dias para organizar", disse Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua presente na capital paulista.

Segundo ele, o grupo já organiza um novo protesto para março de 2016. Como na última manifestação, os senadores tucanos Aloysio Nunes e José Sera compareceram à manifestação na Paulista. "Estou aqui para dizer que não vai ter golpe, o que vai ter é impeachment. Queremos pôr fim a um governo que não deveria ter começado", disse o Nunes. 

Já Serra passou cerca de 15 minutos circulando em torno do caminhão de som do grupo Vem Pra Rua e fez, do chão, um breve discurso ao microfone: "Eu acredito que só a mobilização da população brasileira vai tirar o Brasil desta situação. Estejam certos de uma coisa: no Congresso nós lutamos pela mesma coisa", disse o senador. Em entrevista antes de ir embora ele afirmou que a participação do PSDB em um eventual governo Michel Temer vai depender de "entendimento com base em programa".

No Rio de Janeiro, a Polícia Militar registrou 3 mil manifestantes que percorreram a orla de Copacabana com bandeiras e palavras de ordem contra a presidente. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou do ato e foi recebido como popstar entre os manifestantes que o cumprimentaram e tiraram selfies com ele.

Na capital mineira o número de manifestantes também foi menor que o de agosto, 5 mil segundo estimativas da polícia, ante 6 mil do protesto realizado há quatro meses. Além disso, diferente daquela ocasião o presidente nacional do PSDB, senador e ex-governador do Estado Aécio Neves não participou do protesto em Belo Horizonte.

Neste domingo, um homem chegou a ser detido por tentar furar um boneco inflável do ex-presidente Lula que estava na Praça da Liberdade, palco dos protestos na região centro-sul da capital mineira. Ele chegou a ser detido pela PM que teve que usar bombas de gás para dispersar manifestantes enquanto prendia o homem para evitar princípios de tumulto.

Em Brasília, o ato também foi visivelmente menor em relação a agosto e começou por volta das 10h30  em frente à Catedral Metropolitana, de onde os manifestantes seguiram para a Esplanada dos Ministérios. Por volta de 12h30, o ato começou a dispersar devido a chuva que se iniciava. A Polícia Militar estimou 3 mil manifestantes no auge do protesto. Em agosto, as autoridades estimaram 25 mil manifestantes no ato realizado na capital federal.

A manifestação também contou com a leitura de um manifesto, produzido pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre, que pediam "coragem" aos parlamentares e cobravam do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, "a prisão dos políticos envolvidos da Lava Jato".

"Queremos uma nova fase de esperança e mudança, queremos voltar a bater no peito e sentir orgulho do nosso Brasil", dizia o texto.


No Rio de Janeiro, a manifestação percorreu a orla da praia de Copacabana e contou com a presença do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), tratado como popstar pelos manifestantes que pararam para cumprimentá-lo e também tirar fotos com o parlamentar. (AE)

Impeachment: desesperada, Dilma apela ao decadente Ciro Gomes e “compra briga” desnecessária

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Dilma Rousseff não poderia ter sinalizado da pior maneira seu desespero diante da possibilidade de ser ejetada do Palácio do Planalto. Recorrer a Ciro Gomes para tentar barrar o processo de impeachment é reconhecer que a derrota está consumada e que nada há para fazer, que não arrumar a mudança.

Ciro Gomes é um político pífio e desacreditado, que se destaca apenas e tão somente por sua verborragia provocativa e insana. Quando um ator da política chega a esse patamar é porque nada mais lhe restou do que agir com contundência, como forma de se manter no noticiário.

Ciente de que o ex-ministro está acostumado a enfrentamentos baixos na seara política, Dilma quer usar Ciro Gomes como arma contra o PMDB do Senado, onde a presidente começa a perder apoio em progressão aritmética. Enquanto o PMDB da Câmara dos Deputados começa a bater em retirada, restando apenas alguns fisiologistas que continuam pendurados em cargos, Dilma quer isolar o presidente nacional da legenda, Michel Temer, que já se prepara para ocupar o principal gabinete palaciano.

Ciente de que o embate com Temer é mais duro e violento, até porque o vice-presidente não é um neófito na política, a presidente da República aposta no destempero de Ciro para reverter um quadro que não tem chance de ser alterado. Para a chefe do Executivo federal restam algumas pequenas manobras, que podem não sair do lugar a depender da intensidade da pressão popular. Apenas a voz do povo será capaz de liquidar a fatura e colocar para correr os marginais que protagonizaram o período mais corrupto da história brasileira.

Após encontro com Michel Temer, a presidente divulgou nota em que afirma o desejo de manter uma relação profícua com o vice, mas não é isso que vem acontecendo. Dilma disse que não quer interferir nas questões do PMDB, como havia pedido Temer, mas a necessidade de defender o próprio mandato a obriga a imiscuir nos assuntos do principal partido da chamada base aliada. Porém, um detalhe nessa queda de braços deve ser considerado: Michel Temer comanda uma legenda de profissionais dispostos a tudo e mais um pouco.

Ao recorrer a Ciro Gomes, a presidente não apenas acirrou o cenário da crise, mas resolveu atirar no próprio pé. Isso porque Ciro já começou a atacar Temer, como se o vice fosse manter-se paralisado diante das bazofias de um político decadente e que faz da própria insanidade a sua marca maior.

Em jantar com Dilma e Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (10), Ciro afirmou que Michel Temer “conspira” dentro do Palácio do Planalto e faz “dobradinha” com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O que mais me impressiona é a deslealdade do vice, que, depois de empurrar uma montanha de múmia paralítica para dentro do governo, vem com uma carta patética para Dilma”, disse Ciro Gomes, que há muito está fora da cena política.

Errada ao extremo, a estratégia de Dilma é colocar Ciro Gomes para coordenar o movimento contra o impeachment no Senado Federal. Trata-se de uma equivocada ideia de criar uma zona de conflito com o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido na Casa e figadal inimigo político de Ciro.

Resumindo, Dilma demonstra com determinadas atitudes que seu desejo maior é deixar o cargo o quanto antes. Afinal, ninguém com doses rasas de experiência política chamaria Ciro Gomes para apagar um “incêndio”. Não causará surpresa se até meados de 2016 a presidente desocupar a cadeira presidencial. Nessa hipótese, que vem sendo incensada nos bastidores, está um acordo para salvar Lula e a família.