segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
BOLSONARO tem recepção de popstar em ato PRÓ-IMPEACHMENT
Por Diário do Poder
A manifestação ainda colhe assinaturas em favor
do projeto do MPF para implantação de
"DEZ MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO"
(Foto:
Fábio Motta/Estadão conteúdo)
|
"Quanto mais a DILMA ficar lá, pior para o BRASIL",
disse
O deputado federal
Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegou à manifestação que acontece em Copacabana pouco
antes do meio dia. O político foi recebido pelos manifestantes como um popstar
e parou para fazer selfies, receber abraços e pedidos de "tira a Dilma de
lá".
Bolsonaro justificou sua presença na manifestação: "Vim
porque sou cidadão. Recebi convites para estar em Manaus, Porto Alegre, Recife,
Fortaleza. Nos outros (estados) não estive porque estava viajando", disse
o parlamentar.
Trajando uma camiseta branca com a frase "Direita
Já", ele falou sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma
Rousseff. "Tem que sair. Quanto mais a Dilma ficar lá, pior para o
Brasil", disse.
Assinaturas. A manifestação que acontece em Copacabana
também serve para o recolhimento de assinaturas em favor do projeto do
Ministério Público Federal (MPF) que pede apoio para a implantação de dez
medidas contra a corrupção. Luiz Alexandre, do movimento Vem Pra Rua, era um
dos que recolhiam as assinaturas.
"Isso aqui independe de partido, depende de caráter.
Assina quem tem ética", declarou. "Vim de São Gonçalo para mostrar
que nossa manifestação não é exclusiva de moradores da zona Sul",
comentou. (AE)
Com adesão menor, grupos preparam novo ato pró-impeachment para março
Por Diário do Poder
Primeiros atos após
o início do processo de destituição da
presidente Dilma Rousseff no Congresso
têm participação
mais fraca em relação aos de agosto deste ano
(Foto: Nilton
Fukuda/Estadão conteúdo)
|
Para oposição, foi um erro fazer mobilização em cima da
hora
As primeiras manifestações de rua convocadas por movimentos
contrários ao governo Dilma Rousseff depois de o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, aceitar o processo de impeachment da presidente foram menores do que o
esperado pelos organizadores, que já preveem novo ato em março do ano que vem.
Em São Paulo, principal palco das manifestações anti-Dilma
no País, os atos na Av. Paulista foram visivelmente menores e representantes do
Movimento Brasil Livre estimaram em 80 mil pessoas. Já o líder do Vem Pra Rua
falou em 100 mil pessoas. Os números são bem inferiores aos dos protestos de
agosto, quando a Polícia Militar registrou 350 mil pessoas na Av. Paulista.
"A gente já esperava que a manifestação de hoje tivesse menos gente, já
que tivemos só dez dias para organizar", disse Rogério Chequer, porta-voz
do Vem Pra Rua presente na capital paulista.
Segundo ele, o grupo já organiza um novo protesto para março
de 2016. Como na última manifestação, os senadores tucanos Aloysio Nunes e José
Sera compareceram à manifestação na Paulista. "Estou aqui para dizer que
não vai ter golpe, o que vai ter é impeachment. Queremos pôr fim a um governo
que não deveria ter começado", disse o Nunes.
Já Serra passou cerca de 15 minutos circulando em torno do
caminhão de som do grupo Vem Pra Rua e fez, do chão, um breve discurso ao
microfone: "Eu acredito que só a mobilização da população brasileira vai
tirar o Brasil desta situação. Estejam certos de uma coisa: no Congresso nós
lutamos pela mesma coisa", disse o senador. Em entrevista antes de ir
embora ele afirmou que a participação do PSDB em um eventual governo Michel
Temer vai depender de "entendimento com base em programa".
No Rio de Janeiro, a Polícia Militar registrou 3 mil
manifestantes que percorreram a orla de Copacabana com bandeiras e palavras de
ordem contra a presidente. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou do ato
e foi recebido como popstar entre os manifestantes que o cumprimentaram e
tiraram selfies com ele.
Na capital mineira o número de manifestantes também foi
menor que o de agosto, 5 mil segundo estimativas da polícia, ante 6 mil do
protesto realizado há quatro meses. Além disso, diferente daquela ocasião o
presidente nacional do PSDB, senador e ex-governador do Estado Aécio Neves não
participou do protesto em Belo Horizonte.
Neste domingo, um homem chegou a ser detido por tentar furar
um boneco inflável do ex-presidente Lula que estava na Praça da Liberdade,
palco dos protestos na região centro-sul da capital mineira. Ele chegou a ser
detido pela PM que teve que usar bombas de gás para dispersar manifestantes
enquanto prendia o homem para evitar princípios de tumulto.
Em Brasília, o ato também foi visivelmente menor em relação
a agosto e começou por volta das 10h30 em frente à Catedral
Metropolitana, de onde os manifestantes seguiram para a Esplanada dos
Ministérios. Por volta de 12h30, o ato começou a dispersar devido a chuva que
se iniciava. A Polícia Militar estimou 3 mil manifestantes no auge do protesto.
Em agosto, as autoridades estimaram 25 mil manifestantes no ato realizado na
capital federal.
A manifestação também contou com a leitura de um manifesto,
produzido pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre, que
pediam "coragem" aos parlamentares e cobravam do Procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, "a prisão dos políticos envolvidos da Lava
Jato".
"Queremos uma nova fase de esperança e mudança,
queremos voltar a bater no peito e sentir orgulho do nosso Brasil", dizia
o texto.
No Rio de Janeiro, a manifestação percorreu a orla da praia
de Copacabana e contou com a presença do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ),
tratado como popstar pelos manifestantes que pararam para cumprimentá-lo e
também tirar fotos com o parlamentar. (AE)
Impeachment: desesperada, Dilma apela ao decadente Ciro Gomes e “compra briga” desnecessária
Por UCHO.INFO
Dilma Rousseff
não poderia ter sinalizado da pior maneira seu desespero diante da
possibilidade de ser ejetada do Palácio do Planalto. Recorrer a Ciro Gomes para
tentar barrar o processo de impeachment é reconhecer que a derrota está
consumada e que nada há para fazer, que não arrumar a mudança.
Ciro Gomes é um
político pífio e desacreditado, que se destaca apenas e tão somente por sua
verborragia provocativa e insana. Quando um ator da política chega a esse
patamar é porque nada mais lhe restou do que agir com contundência, como forma
de se manter no noticiário.
Ciente de que o
ex-ministro está acostumado a enfrentamentos baixos na seara política, Dilma
quer usar Ciro Gomes como arma contra o PMDB do Senado, onde a presidente
começa a perder apoio em progressão aritmética. Enquanto o PMDB da Câmara dos
Deputados começa a bater em retirada, restando apenas alguns fisiologistas que
continuam pendurados em cargos, Dilma quer isolar o presidente nacional da
legenda, Michel Temer, que já se prepara para ocupar o principal gabinete
palaciano.
Ciente de que o
embate com Temer é mais duro e violento, até porque o vice-presidente não é um
neófito na política, a presidente da República aposta no destempero de Ciro
para reverter um quadro que não tem chance de ser alterado. Para a chefe do
Executivo federal restam algumas pequenas manobras, que podem não sair do lugar
a depender da intensidade da pressão popular. Apenas a voz do povo será capaz
de liquidar a fatura e colocar para correr os marginais que protagonizaram o
período mais corrupto da história brasileira.
Após encontro com
Michel Temer, a presidente divulgou nota em que afirma o desejo de manter uma
relação profícua com o vice, mas não é isso que vem acontecendo. Dilma disse
que não quer interferir nas questões do PMDB, como havia pedido Temer, mas a
necessidade de defender o próprio mandato a obriga a imiscuir nos assuntos do
principal partido da chamada base aliada. Porém, um detalhe nessa queda de
braços deve ser considerado: Michel Temer comanda uma legenda de profissionais
dispostos a tudo e mais um pouco.
Ao recorrer a Ciro
Gomes, a presidente não apenas acirrou o cenário da crise, mas resolveu atirar
no próprio pé. Isso porque Ciro já começou a atacar Temer, como se o vice fosse
manter-se paralisado diante das bazofias de um político decadente e que faz da
própria insanidade a sua marca maior.
Em jantar com Dilma
e Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro, na última
quinta-feira (10), Ciro afirmou que Michel Temer “conspira” dentro do Palácio
do Planalto e faz “dobradinha” com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). “O que mais me impressiona é a deslealdade do vice, que, depois de
empurrar uma montanha de múmia paralítica para dentro do governo, vem com uma
carta patética para Dilma”, disse Ciro Gomes, que há muito está fora da cena
política.
Errada ao extremo, a
estratégia de Dilma é colocar Ciro Gomes para coordenar o movimento contra o
impeachment no Senado Federal. Trata-se de uma equivocada ideia de criar uma
zona de conflito com o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido na
Casa e figadal inimigo político de Ciro.
Resumindo, Dilma
demonstra com determinadas atitudes que seu desejo maior é deixar o cargo o
quanto antes. Afinal, ninguém com doses rasas de experiência política chamaria
Ciro Gomes para apagar um “incêndio”. Não causará surpresa se até meados de
2016 a presidente desocupar a cadeira presidencial. Nessa hipótese, que vem
sendo incensada nos bastidores, está um acordo para salvar Lula e a família.
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