terça-feira, 13 de outubro de 2015

A tabelinha entre Baiano e Lulinha confirma que o pai finge enxergar um Ronaldinho da informática no especialista em gol de mão


2010123021324“O que mais me impressionou foi o enriquecimento ilícito do Lula”, reiterou na entrevista ao Roda Viva o jurista Hélio Bicudo. “Conheci o Lula numa casa de 40 metros quadrados. Hoje, é uma das grandes fortunas do país. Ele e os seus filhos”. Imediatamente, o que resta da seita que tem num embusteiro seu único deus fez o que sempre fazem os bandidos do faroeste à brasileira: começou a perseguir o xerife.

Desafiado a provar o que disse, Bicudo pode ignorar cobranças farisaicas e seguir concentrado no pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Falarão por ele os envolvidos na roubalheira do Petrolão que aceitaram colaborar com a Justiça. Neste domingo, por exemplo, a manchete do Globo oficializou o mergulho no pântano do primogênito: BAIANO DIZ QUE PAGOU CONTAS DO FILHO DE LULA.

“Baiano” é a alcunha de Fernando Soares, cujo acordo de delação premiada com os condutores da Operação Lava Jato foi homologado na sexta-feira por Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal. Um dos operadores do PMDB nas catacumbas infectas da Petrobras, o depoente confessou que desviou pelo menos R$2 milhões para o pagamento de despesas pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.

Sim, ele mesmo: o Lulinha que em 2005 embolsou R$5,2 milhões para vender à Telemar parte das ações de uma empresa de fundo de quintal, a Gamecorp, que montara um ano antes em parceria com dois amigos, ainda engatinhava no ramo de jogos eletrônicos e não valia mais que R$100 mil. Com as bênçãos do presidente, os sócios improváveis ganharam bastante dinheiro.

A Telemar não parou de engordar até incorporar-se ao que hoje é a Oi. O patrimônio de Lulinha agora rima com a barriga de caipira que acertou a Mega Sena. Segundo o pai, a cara apalermada camufla um Ronaldinho da informática. Faz sentido: desde que entrou em campo, Lulinha vive fazendo golaços ─ quase sempre muito lucrativos.


A jogada que desembocou na tabelinha em impedimento com Baiano confirma a suspeita de que o ex-monitor de zoológico virou especialista em gol de mão. Como o pai. Se for mantida na mira de bons juízes, boa parte da família vai levar cartão vermelho.

Para a História: acusados de corrupção julgam impeachment de acusados de corrupção



Perguntas para a História responder. Como acusados de corrupção podem comandar e votar processo de impeachment contra um governo, o de Dilma, acusado de corrupção?

Como Eduardo Cunha chegou e resistiu até aqui? Aliado de PC Farias, Cunha já cunhava na Telerj no governo Collor.

Pós-graduado no PP de Maluf, e com Garotinho, Cunha se elegeu presidente da Câmara com profissionais sabendo quem ele era e é.

Eleito com apoio do PSDB, da oposição com voz e manchetes, a primeira senha de Cunha foi endereçada justamente para aliados.

No dia seguinte à eleição, Eduardo Cunha cunhou a senha. Disse:

-Regulação Econômica da Mídia só por cima do meu cadáver...

Cunha foi recebido com tapete vermelho. Articulou e impôs pautas dos seus aliados. Mesmo as piores, como financiamento de campanhas eleitoriais por parte de empresas.

Líder do PSDB, grande arauto anticorrupção, Carlos Sampaio protagonizou momentos inesquecíveis na parceria com Cunha.

O "benefício da dúvida", mesmo com contas suíças já expostas na praça, é um momento. Outro, a reveladora foto em Brasília.

Sampaio está à direita de Cunha. Na mesma foto, Paulinho da Força, Bolsonaro, e obscuros personagens que se vendem como "revoltados".

Agora, a batalha do impeachment.

Com Cunha ainda poupado por oposição e petistas, e problemas morais também para quem só enxerga a corrupção, já escancarada há tempos, do adversário petista.

O TCU, que com razões condenou as "pedaladas", tem 4 dos 9 ministros citados em investigações criminais.

Na Mesa Diretora, de onde sai o sucessor de Cunha na presidência da Câmara, 8 dos 11 deputados respondem a processos ou têm condenações na Justiça.

Presidente do DEM, ativo paladino anticorrupção, Agripino Maia já é réu no Supremo. Como ja é réu Paulinho da Força,dono do Solidariedade.

No Congresso, que decide o impeachment, só na Lava Jato estão quase 40 investigados. Inclusive Cunha. E o réu, em outra investigação, Renan Calheiros.

O impeachment está com Cunha. E com Gilmar Mendes, ministro do Supremo e no TSE.

Gilmar Mendes foi à casa do investigado Eduardo Cunha para, em companhia do investigado Paulinho, discutir impeachment.

Tudo, quase sempre, sob moralismo caolho, e nisso acrítico, e o silêncio cúmplice. Inclusive das panelas.

O "Dia das Crianças" pode servir como reflexão para os pequenos


Reunião de nã-nã-nã