segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O terceiro mandato de Lula antecipa a extrema-unção da Era da Canalhice


A primeira MissaO Brasil nasceu por engano. Buscavam um atalho para as Índias os tripulantes das caravelas que em abril de 1500 perderam o rumo tão espetacularmente que acabariam despencando nos abismos do fim do mundo se não tivessem topado com o mágico mosaico de praias com areias finas e brancas banhadas por ondas verdes ou azuis, matas virgens e florestas do tamanho do mar, flores deslumbrantes e frutas sumarentas, lagos plácidos e rios selvagens, peixes de água doce ou salgada, bichos mansos de carne tenra e, melhor que tudo, aquela demasia de índia pelada.

O Brasil balançou no berço da safadeza. Nem imaginaram que assim seria aqueles primitivos viventes cor de cobre, sem roupas no corpo nem pelos nas partes pudendas, os homens prontos para trocar preciosidades por quinquilharias, as mulheres prontas para abrir o sorriso e as pernas para qualquer forasteiro, pois os nativos praticavam sem remorso o que só era pecado do outro lado do grande mar, e não poderiam ser tementes a um Deus que desconheciam nem a castigos prescritos pela religião que aqui nunca existira.

O Brasil nasceu carnavalesco. Nem um Joãosinho Trinta em transe num terreiro de candomblé pensaria em juntar na Sapucaí ─ como fez num porto seguro frei Henrique Soares, celebrante da primeira missa, pelo menos é o que está no quadro famoso ─ um padre de batina erguendo o cálice sagrado, navegantes fantasiados de soldados medievais, marinheiros com roupa de domingo, nativos com a genitália desnuda que séculos depois seria banida por bicheiros respeitadores dos bons costumes e a cruz dos cristãos no convívio amistoso com arcos, flechas e bordunas.

O Brasil balançou no berço da maluquice. Marujos convalescentes da travessia do Atlântico, atarantados com a visão do paraíso, decidiram que aquilo era uma ilha e deveria chamar-se Ilha de Vera Cruz, e assim a chamaram até alguém desconfiar, incontáveis milhas além, que era muito litoral para uma ilha só, e então lhes pareceu sensato rebatizar o colosso ausente de todos os mapas com o nome de Terra de Santa Cruz, porque disso ninguém duvidava: era terra aquilo que pisavam.

O Brasil nasceu sob o signo da preguiça. Passou a infância e a adolescência na praia, e esperou 200 anos até criar ânimo e coragem para escalar a muralha verde que separava a orla do planalto, e esperou mais um século antes de aventurar-se pelos sertões ocultos pela floresta indevassada, e o esforço seria de tal forma extenuante que ficou estabelecido que, dali por diante, tanto os aqui nascidos quanto os vindos de fora, e todos os descendentes de uns e de outros, sempre deixariam para amanhã o que deveriam ter feito ontem.

Tinha que dar no que deu. Coerentemente incoerente, o Brasil parido por engano hostilizou os civilizadores holandeses para manter-se sob o jugo do império português, o Brasil amalucado teve como primeira e única rainha uma doida de hospício, o Brasil safado acolheu o filho da rainha que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta, o Brasil preguiçoso foi o último a abolir a escravidão, o Brasil sem pressa foi o último a virar República, o Brasil carnavalesco transformou a própria História num tremendo samba do crioulo doido.

O cortejo dos presidentes, ministros, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores aberto em 1889 informa que a troca de regime não mudou a essência da coisa: o Brasil republicano é o Brasil monárquico de terno e gravata, mais voraz e mais cafajeste. Extraordinariamente mais cafajeste, informa a paisagem do começo do século 21. Passados 500 e poucos anos, os piores tetranetos dos piores filhotes dos degredados promoveram o grande acerto dos  amorais, instalaram-se no coração do poder e tornaram intragável a geleia geral brasileira.

Nascido e criado por devotos da insensatez, o Brasil que teve um imperador que parecia adulto aos 5 anos de idade foi governado por um marmanjo analfabeto que sempre se portou como moleque e agora é presidido por uma avó menos ajuizada que neto de fralda. Com um menino sem pai nem mãe no trono, os habitantes do império da loucura não sentiram tanto medo. Com dois sessentões no comando, os brasileiros aprenderam o que é sentir-se sem pai nem mãe.

O início do terceiro mandato de Lula parece uma continuação dessa biografia em miniatura do Brasil publicada no começo do primeiro mandato de Dilma. Parece mas não é, gritam as mudanças na paisagem ocorridas desde o julgamento do Mensalão. A crise econômica pulverizou de vez a farsa da potência emergente inventada pelo deus dos embusteiros. Ainda há juízes no Brasil, vem reiterando há meses o irrepreensível desempenho de Sérgio Moro. A Polícia Federal e os procuradores federais já provaram que a seita no poder é um viveiro de corruptos, vigaristas e incompetentes.

A Operação Lava Jato vai clareando a face escura do país. O PT está morrendo de sem-vergonhice. Figurões do partido trocaram o palanque pela cadeia. Logo faltará cela para tanto bandido. A supergerente de araque já foi reduzida a ex-presidente. O fabricante de postes agoniza nas pesquisas eleitorais. Nas ruas, nos restaurantes ou no botequim da esquina, os indignados amplamente majoritários exigem o fim destes tempos de tal forma infames que uma Mãe dos Ricos pôde delinquir impunemente com o disfarce de Pai dos Pobres.

A nudez escancarada do reizinho quase setentão confirmou que o filho de uma migrante nordestina é um multimilionário pai de multimilionários. Multidões de crédulos vocacionais descobriram a tapeação: o maior dos governantes desde Tomé de Souza era a fantasia que camuflava o guloso camelô de empreiteira. Lula não demorará a entender que desemprego cura abulia, que os truques empoeirados já não funcionam, e que o que deveria ter sido uma aula de esperteza foi um tiro no pé.

Ao instalar-se de novo em Brasília, ficou mais perto de Curitiba. O início do terceiro mandato vai antecipar a extrema-unção da Era da Canalhice.

Dilma e Temer sob pressão


Na conta da esquerda

racist or victim 
O resultado é que, de acordo com qual parcela social à elite intelectual convém arbitrariamente proteger, a “classe” defendida consegue um salvo-conduto.

Por Hiago Rebello, publicado no Instituto Liberal

Algumas ideias são tão estúpidas que apenas um intelectual poderia acreditar nelas”.
— George Orwell.

Recentemente, como ocorre de tempos em tempos, uma onda de violência e assaltos percorreu a cidade do Rio de Janeiro, acarretando confusão, feridos, perdas materiais, medo e correria nas ruas e praias do que foi um dia a Cidade Maravilhosa.

Pessoas que saem de suas moradias para assaltar e humilhar quem trabalhou e lutou para ganhar seu dinheiro e comprar seus celulares; sujeitos que despontam de suas comunidades e sequer têm a mínima noção de respeito, ordem e zelo para com a sociedade que os envolve; indivíduos que riem, debocham e agridem pessoas de bem, que possivelmente não fizeram mal a ninguém em suas vidas. Atacam trabalhadores, insultam os honestos que querem apenas caminhar em uma praia ou andar em um ônibus em paz.

Mas quem teria a coragem de defender os errados, e pior, colocar a culpa nos certos? Quem poderia ter a capacidade de acudir o ladrão e inverter os papéis, colocando a culpa no assaltado, justamente apenas por ter algo material que os criminosos não possuem? Os únicos capazes de cometer tal estupidez, talofensapara com as crenças e valores que todos os brasileiros de bem possuem, são os intelectuais.

A palavra “intelectual” geralmente possui uma conotação positiva. Pessoas com um intelecto acima da média em várias áreas, geralmente nas de humanas, detém certo prestígio social desde tempos remotos. Embora tal termo seja bem recente, a ideia por trás dele existe desde o início da humanidade. Sábios, anciãos, profetas, sacerdotes, sofistas, filósofos, médicos, advogados, jornalistas, historiadores, etc., além de uma vasta gama de pessoas que se podem considerar intelectuais graças à auréola dourada que a sociedade dá para os mais aptos e diversos nos campos do intelecto.

A conotação positiva de homens versáteis e eruditos existe até hoje, mas não significa que é impossível perverter esta acepção. Quando certos indivíduos detêm alguma alta gama de estudos e leituras, independente do que quer que acreditam, a maioria da sociedade irá olhar para o que aparentam ser, isto é: pessoas com um alto gabarito, vestidas de maneira adequada para suas posições, diversos livros em suas estantes, um vocabulário chique, uma capacidade para conversar sobre diversos e complexos temas, etc., mas irão ignorar o que, no fundo, tais intelectuais defendem e acreditam.

Intelectos que militam e argumentam em prol da degeneração total das percepções evidentes, dos arranjos sociais, das tradições em geral, e até mesmo da Razão e da Verdade [1], infestam as academias. Entre tais parasitas acadêmicos, estão aqueles que, vendo uma situação grave e violenta ocorrendo na sociedade, separam-na em níveis quase que intransponíveis para julgar de acordo com o nível social adequado, colocando em absoluto o estado de cada divisão de classe – determinando qual é a oprimida e qual é a opressora, quem são os malvados e quem são os bons, quem é culpado e quem é inocente – e descartando todo e qualquer outro parâmetro de análise. Em resumo: agem com uma arbitragem pré-moldada ideologicamente, aceitando problematizações apenas dentro de tal pré-moldagem ideológica e reducionista.

O resultado é que, de acordo com qual parcela social à elite intelectual convém arbitrariamente proteger, a “classe” defendida consegue um salvo-conduto. Uma vez que, de acordo com o sistema ideológico de esquerda, pessoas pobres que roubam só furtam porque faltaram, devido à desigualdade social, de oportunidades e a que a mesma desigualdade é fruto de uma sociedade alienada, de alguma forma, pela burguesia, a culpa não cai mais sobre o agressor, sobre o ladrão, mas sim em cima de quem trabalhou para comprar um iPhone6, por exemplo. Quem tem dinheiro para comprar um iPhone acaba por incentivar o roubo porque esbanja um sucesso material que o outro não tem, além de colaborar com a ideologia burguesa e consumista.

O perigo de tais discursos é evidente, principalmente quando se tem o Brasil como um cenário. Dado que os mesmos intelectuais formam a juventude nas universidades, sendo essa massa de jovens os futuros profissionais em áreas como jornalismo e direito, as ideias classicistas à esquerda, além de penetrarem mais ainda na sociedade, fomentando o crime [2] e o ódio para com pessoas mais abastadas e de pele mais branca, podem criar fórmulas jurídicas e pressões midiáticas contra uma sociedade que não quer ser mais assaltada e humilhada.

Fora das universidades, não são poucos os blogueiros e os formadores de opinião que encheram a internet de discursos afirmativos. Assim como aumentam o incentivo para construir uma sociedade sem o que chamam de “opressão”, criada pela desigualdade, os gênios acrescentam que essas parcelas mais “oprimidas” historicamente se desliguem dos valores e partam para uma busca desenfreada pela “luta de classes”. Um assaltante, ou um assassino, além de estar inibido da culpa [3], está participando da velha luta de classes, que é, para tais intelectuais, necessária para a sociedade.

O “porém” é que todos esses problemas, criados e incentivados para desestabilizar o corpo social, irão causar consequências – como bem demonstrou Richard M. Weaveras ideias têm suas consequências [4] –. Quando as ondas de crimes formarem padrões difíceis de conter, mas fáceis de perceber, quando o judiciário se tornar quase incapaz, e a polícia for literalmente sinônima de atraso e retrocesso, quem poderá parar as ondas de crimes? Se a força usada para prever e deter o crime é algo ruim, produto de uma sociedade fascista precisando ser desconstruída, será que aceitarão a força do soco de um criminoso, quando chegar a vez dos intelectuais de perder seus celulares e suas carteiras?

Se houver um progresso das ideias estúpidas, quem pagará a conta? Em quem cairá a culpa pela violência estar aumentando e a impunidade se tornar algo tão comum quanto andar pela rua? Para quem o povo, finalmente, irá olhar e culpar por conta das mazelas que sofre? Por conta da humilhação, das perdas materiais, dos insultos, das enganações, dos familiares, parentes e amigos perdidos?

A esquerda pode até tentar pedir mais e mais comida, no restaurante que é o Brasil, tentando evitar pagar a conta, mas é sabido que isso além de ser inútil, apenas agrava a situação. Uma hora a conta chega, todavia, graças aos esforços de intelectuais dessa vez chegará do jeito que a esquerda sempre amou: no vermelho do sangue dos inocentes. Ao pagar a conta, o esquerdismo progressista perderá todo o seu prestígio, toda sua moral, mas o custo, infelizmente, também será do Restaurante Brasil, que por décadas aceitou tal disparate – muitos inocentes irão sofrer e morrer graças às universidades e aos tão prestigiados intelectuais.

___________________
[1] Alguns dos gurus da irracionalidade chegam ao ponto de afirmar que tudo é uma “construção social”, admitindo que seu próprio argumento seja um constructo, mas ainda assim o utilizando para tentar refutar seus debatedores, tendo a total falta de capacidade de perceber que seu argumento é contraditório ou irrelevante se for rigorosamente aplicado. Muitos flertam até mesmo com a desconstrução da própria noção de “intelecto”.
[2] Infratores irão usar dos jargões universitários para se defenderem. Vão justificar seus roubos porque são pobres e não é justo ver alguém mais rico e com mais coisas que eles, porque são negros e os pais de seus trisavôs eram escravos, por isso necessitam da prestação de conta da dívida histórica… Crimes serão justificados pelas finanças e pelo passado distante.
[3] Uma vez que a culpa não é apenas dele, e sim de todos, segundo a esquerda. Quando a culpa é diluída em uma massa genérica, isto é, a “sociedade”, ela acaba sendo de todos e, como consequência, de ninguém.

[4] Weaver, Richard M. As Ideias têm suas Consequências. São Paulo: É Realizações, 2012.

O atentado em Oregon



"O que aconteceria se um cristão entrasse em uma universidade e sistematicamente matasse com um tiro na cabeça apenas muçulmanos? Já imaginaram qual seria o discurso de Obama e da imprensa em geral? Agora, quando é o contrário que acontece, claro, a culpa é da arma e nem uma palavra sobre a questão religiosa."

ONYX LORENZONI pede a prorrogação da CPI da PETROBRAS - O Brasil precisa saber de tudo



Onyx Lorenzoni - O Brasil precisa saber de tudo! Dinheiro de propina para a campanha de Dilma, tráfico de influência de Lula, entre outras coisas. Ainda há muito a ser investigado, por isso pedi pra prorrogar a CPI da Petrobras.

"Com a decisão tomada ontem pelo TSE, de fazer o fatiamento das investigações da Lava Jato, ele nega decisões anteriores. Existem inúmeras decisões anteriores que diziam que as CPIs deviam investigar o fato principal e todos os fatos conexos. Numa operação do tamanho da Lava Jato, o ministro Gilmar Mendes lembrou bem ontem, os fatos conexos são tão importantes quanto o fato principal. E o fatiamento efetuado ontem na (...) quem está dizendo sou eu, Onyx Lorenzoni, da PARTIDARIZAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O atual governo foi ao limite extremo, de colocar como ministro do STF alguém desqualificado chamado Ministro Toffoli. Ministro Toffoli tinha como atributo pessoal apenas, na sua biografia, o fato de ter sido ADVOGADO DO PT, nada mais do que isso. E coincidentemente é ele que vai presidir o inquérito onde provavelmente será avaliada a situação de Paulo Bernardo, a situação de Gleisi Hoffmann, RETIRANDO DO DR SÉRGIO MORO ESTA ATRIBUIÇÃO. Este é um fato da maior gravidade." - Onyx Lorenzoni

O Brasil do PT é o país dos cínicos



"O PT transformou tudo o que é público em privado para petistas", afirma o colunista de VEJA Marcelo Madureira. No bate-papo descontraído com Joice Hasselmann, eles falam também sobre economia e reforma ministerial.