terça-feira, 15 de setembro de 2015
Governo Dilma está à beira do abismo
Por Lauro Jardim
Lauro Jardim, colunista de VEJA, comenta os anúncios que
serão realizados hoje pela presidente. Corte de gastos e aumento de impostos
estão no pacote do dia.
Pacote de ajuste é pesado, e devia vir antes
Por Denise Campos de Toledo
Matematicamente as contas podem até fechar. O governo está
cortando o que pode e buscando arrecadação onde quer. Está jogando para a
sociedade e os parlamentares boa parte da responsabilidade na implementação do
ajuste. Vai sobrar pra todo mundo.
Talvez fossem medidas melhor aceitas se tivessem sido
apresentadas logo no início do governo, antes do desgaste político, da queda de
popularidade, do agravamento da crise econômica. Hoje o custo disso tudo será
muito maior, para a população, as empresas, a atividade econômica e, também, do
lado político.
Será que o Congresso está disposto a endossar as medidas que
dependem dele? Parlamentares vão redirecionar emendas? Qual será a reação do
funcionalismo? dos políticos? dos empresários? dos movimentos sociais?.
Todo mundo vai ser atingido. Vão ser cortados gastos até em
áreas prioritárias, carentes, como saúde; programas que o governo garantiu que
eram intocaveis, como o Minha Casa Minha Vida. Custos vão subir, estímulos
serão cortados para exportadores, para quem investe em inovação.
A atividade econômica pode sair ainda mais prejudicada,
sendo que o País, na projeção do mercado já deve ter, neste ano, uma retração
de mais de 2,5% do PIB. O governo ainda quer a volta da CPMF. Um imposto que
pesa proporcionalmente mais pra quem ganha menos, incide várias vezes na
produção, interfere nos custos, na inflação. Mas é fácil de arrecadar e dá a
impressão que não pesa tanto. Só que já foi pra lá de criticada quando a idéia
foi lançada algumas semanas atrás.
O mercado reagiu bem. O dólar caiu e a bolsa subiu, mas
antes da divulgação do pacote integral de ajuste. A preocupação mais imediata é
com o risco de novos rebaixamentos da nota de avaliação do País, o que poderia
ter repercussão pior para a economia.
Mas o pacote é pesado "Se" for implementado da
forma prevista pode jogar o País em uma recessão ainda mais profunda, com queda
maior dos investimentos, mais dificuldade pra melhoria da competitividade e,
possivelmente, mais desemprego.
Fica a dúvida. Porque o governo não fez tudo isso
preventivamente, antes de mergulharmos numa das piores crises da história,
antes do rebaixamento. É mais uma culpa que terá de carregar. Sendo que ainda
vamos conferir qual será a condição política, no sentido mais amplo, da
implementação disso tudo.
Fonte: YouTube/Jornal da Gazeta
O pacote: você vai pagar a conta
Nesta edição de Pronto Falei, o comentarista político
Reinaldo Azevedo fala sobre os cortes anunciados pelo Governo como forma de
zerar o déficit orçamentário e, ainda mais, fazer m superávit de 0,7% do PIB. Reinaldo
comenta também a possível volta da CPMF e questiona o motivo pelo qual o
Governo não anunciou tais medidas para que não se apresentasse um Orçamento
deficitário, "que é ilegal".
Novo pacote do governo abaixa a temperatura, mas aumenta a pressão
Por Veja.com
O
colunista de VEJA Reinaldo Azevedo comenta o pacote do governo que quer cortar
gastos no Orçamento de 2016 e lançar uma nova alta de impostos. As medidas
ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso, mas o anúncio de hoje não deve
ajudar a melhorar a popularidade da presidente. "Dilma está enganando seu
próprio eleitorado e a situação só se agrava", conclui Reinaldo.
Presos PMs suspeitos de assassinatos no Butantã
Por Jornal da Gazeta
Mais seis policiais militares tiveram a prisão decretada
hoje acusados de assassinar dois homens no Butantã, na zona oeste de São Paulo.
Ao todo, 15 pms são investigados pelos crimes, que aconteceram no último dia 7
de setembro.
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