quarta-feira, 9 de setembro de 2015

De que VALE o MUNDO INTEIRO ?


Moro sobre Lava Jato 'O policial que descobre o cadáver não é culpado do homicídio'



O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato – que descortinou o escândalo de corrupção na Petrobras – rebateu durante o Exame Fórum as críticas de que as investigações seriam responsáveis pela crise econômica que afeta o Brasil. Durante palestra, o juiz comparou a Lava Jato com a ação contra a máfia italiana na operação Mãos Limpas e afirmou que o Brasil é corroído por um esquema de corrupção sistêmica.

#PIXULECA - Remédio Amargo


Quanto maior o tombo, mais difícil a retomada



O pessimismo é cada vez maior, simplesmente, porque não temos no horizonte indicadores apontando em outra direção. Há uma piora geral no andamento da economia. A queda da produção industrial, por exemplo, foi muito maior que se previa e bateu direto nas projeções quanto ao tamanho da recessão que vamos encarar. Quanto maior o tombo, mais difícil a retomada. E o governo até em declarações acaba contribuindo pra derrubar mais a confiança.

Olha as cabeçadas que deram e continuam dando na questão do ajuste fiscal. Primeiro veio a proposta orçamentária para o ano que vem, prevendo um déficit de 30 bilhões e meio de reais nas contas públicas. Depois foi toda a polêmica em torno da permanência ou não de Levy à frente do Ministério da Fazenda. Ele ficou e o governo voltou a falar em uma meta de superávit de 0,7% nas contas em 2016. Mas pra isso tem que cortar despesas ou aumentar receita.

Do lado das despesas a presidente Dilma, de início, disse que tudo que tinha pra cortar já tinha sido cortado. Mas agora admite cortes até em programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. No paralelo, claro, continuam elaborando mais aumento da carga tributária, possivelmente,com elevação da Cide sobre os combustíveis. IPI e IOF. Pra isso basta uma canetada. Não dependem de negociações com o Congresso, embora também não se descarte uma nova alíquota do Imposto de Renda para os mais ricos. Nesse caso, a implementação seria mais difícil. Como consequência disso tudo, tivemos a disparada do dólar, que pode afetar a inflação, assim como os impostos. Se a Cide subir, a inflação deste ano pode chegar a dois dígitos. Por outro lado, impostos mais altos significam mais custos para empresas e consumidores, o que prejudica a atividade, com a economia já em recessão.

O pessimismo não é à toa. Essa confusão toda pode levar ao rebaixamento da nota de avaliação do País, que deixaria tudo mais difícil. Mesmo sem isso, as projeções ainda devem piorar mais, nas próximas semanas, tanto em função de dados concretos da atividade econômica como pela inabilidade do governo ao lidar com questões relevantes, até com a crise política; sem esquecer das denúncias da Lava Jato, que colocam mais lenha na fogueira. A realidade do País está muito ruim e só o governo e seguidores não perceberam que caminhávamos pra isso. Pelo menos, foi o que a presidente Dilma falou, que foi pega de surpresa. Alertas não faltaram. E até a dificuldade de o governo ouvir ou identificar os problemas preocupa.

Dilma compra briga com militares


A nossa bandeira jamais será vermelha



Olavo de Carvalho, Beatriz Kicis, Marcel Van Hattem e Percival Puggina falam sobre os novos líderes.

É preciso um esforço humanitário muito maior



A informação alarmante foi dada hoje pela BBC. Só nesta segunda-feira, Sete de Setembro, 30 mil novos refugiados da Síria se lançaram ao mar e bateram às portas da Europa. As Nações Unidas calculavam, há um mês, que 300 mil pessoas já haviam desembarcado este ano em algum ponto da Europa. O número já está ultrapassado.

O pior é que ele contrasta com a pequena capacidade de hospedagem anunciada pela União Europeia. Ela quer receber agora apenas 120 mil sírios. A Alemanha abre os braços para 33 mil. A França, para 24 mil em dois anos, e o Reino Unido, para 20 mil. A conta não fecha. Seria preciso que cada país recebesse muito mais. E existe um outro detalhe. Desde que a Guerra Civil da Síria começou, há quatro anos, e desde o ano passado, quando os facínoras do Estado Islâmico começaram a se expandir na Síria e no Iraque, a maioria dos refugiados atravessou fronteiras secas. Eles não precisaram se lançar ao mar.

É assim que o pequeno Líbano já recebeu 1 milhão e 200 mil refugiados. A Jordânia já recebeu 600 mil. São países pequenininhos, sem a estrutura para transformar essa gente em imigrantes, com escolas e empregos. Essa população é confinada em acampamentos, com alimentação e agasalhos fornecidos pela ONU e pelos governos locais. Vejam então que, diante da dimensão da tragédia, os 1.200 sírios que foram parar nos Estados Unidos, e os 2 mil que chegaram ao Brasil são uma gota dágua no oceano.

Na semana passada, a fotografia do pequeno Aylan Kurdi, afogado aos três anos numa praia da Turquia, deu um rosto humano e trágico a essa questão. O garotinho morto levou muitos europeus a pressionar seus governos. Vejam que a hostilidade da Hungria aos refugiados, contrasta com os aplausos, flores e presentes com que eles foram recebidos durante o fim de semana, na Áustria e na Alemanha. Mas isso não basta. É preciso que o mundo civilizado faça um esforço humanitário muito maior. É assim que o mundo gira.

Campanha política é um dinheiro muito bom de não ganhar



Washington Olivetto, o mais renomado publicitário do país, diz que se orgulha de nunca ter feito marketing eleitoral: "propaganda política deveria ser muito mais informação e muito menos persuasão". Sobre publicidade, ele afirma: "é preciso ser politicamente saudável".