quinta-feira, 13 de agosto de 2015

16/08 ‪#‎VemPraRua‬ - Tá na boca do povo!


A farsa em frangalhos: o guerreiro do povo brasileiro era só um caçador de pixuleco


Dirceu fotoPRESO NA OPERAÇÃO PIXULECO, informa a mais recente anotação no prontuário de José Dirceu de Oliveira e Silva, mineiro de Passa Quatro, 69 anos, advogado com especialização em corrupção ativa e formação de quadrilha. A palavra que batizou a 17ª etapa da Lava Jato, usada pelo gatuno João Vaccari Neto como sinônimo de propina, é vulgar na forma, abjeta no conteúdo e rima com José Dirceu. Pixuleco é um nome perfeito para a operação que consumou a morte política do general sem soldados ─ e implodiu uma farsa que durou quase meio século.

Como pôde durar tanto a vigarice protagonizada por um compulsivo colecionador de fiascos? Já em 1968, quando entrou em cena fantasiado de líder estudantil, nosso Guevara de galinheiro namorou uma jovem chamada Heloísa Helena sem saber que convivia dia e noite com “Maçã Dourada”, espiã a serviço da ditadura militar. Se quisesse prendê-lo, a polícia nem precisaria arrombar a porta do apartamento onde o casal dormia: a namorada faria questão de abri-la. No mesmo ano, a usina de ideias de jerico resolveu que o congresso clandestino da UNE marcado para outubro, com mais de mil participantes, seria realizado em Ibiúna, com menos de 10.000 moradores.

Intrigado com o tamanho da encomenda ─ 1.200 pães por manhã ─ o padeiro que nunca fora além de 300 por dia procurou o delegado, que ligou para a Polícia Militar, que prendeu todo mundo. Libertado 11 meses pelos sequestradores do embaixador americano Charles Elbrick, declarou-se pronto para recomeçar a guerra contra a ditadura, fez uma escala no México, aprendeu a empunhar taças de tequila e enfim entendeu que chegara a hora de matricular-se num cursinho de guerrilha em Cuba que, por falta de verba para balas de verdade, municiava os futuros revolucionários com balas de festim.

Combatente diplomado, submeteu-se a uma cirurgia para que o nariz ficasse adunco antes de regressar ao Brasil na primeira metade dos anos 70. Percebeu que a coisa andava feia assim que cruzou a fronteira e, em vez de mandar chumbo no campo, mandou-se para Cruzeiro do Oeste, interior do Paraná, armado de documentos que o apresentavam como Carlos Henrique Gouveia de Mello, comerciante de gado. Logo se engraçou com a dona da melhor butique da cidade, adiou por tempo indeterminado a derrubada do governo e se entrincheirou na máquina registradora do Magazine do Homem.

Em 1979, a decretação da anistia animou o forasteiro conhecido no bar da esquina como “Pedro Caroço” a contar quem era à mãe do filho de cinco anos e avisar que precisava voltar à cidade grande. Afilou o nariz com outra cirurgia e reapareceu em São Paulo ansioso por recuperar o tempo perdido. A gula e a pressa aceleraram a expansão da cinzenta folha corrida. Deputado estadual e federal pelo PT paulista, rejeitou todas as propostas de todos os governos. Presidente do partido, instalou Delúbio Soares na tesouraria. Com o triunfo de Lula em 2002, o pecador trapalhão foi agir na capital federal.

Capitão do time do presidente, mandou e desmandou até a erupção do escândalo inaugural: um vídeo provou que Dirceu promovera a Assessor para Assuntos Parlamentares o extorsionário Waldomiro Diniz, com quem havia dividido um apartamento em Brasília. Era só mais um no ministério quando, em 2005, o Brasil ficou sabendo que o chefe da Casa Civil também chefiava a quadrilha do mensalão. Despejado do emprego em junho, prometeu mobilizar deus e o mundo, além dos “movimentos sociais”, para preservar o mandato em perigo. Em dezembro, conseguiu ser cassado por uma Câmara que inocenta até a bancada do PCC.

Sem gabinete no Planalto ou no Congresso, sem rendimentos regulares e sem profissão definida, escapou do rebaixamento à classe média ao descobrir o mundo maravilhoso dos consultores de araque. Com a cumplicidade dos afilhados que espalhara pela administração federal, Dirceu não demorou a tornar-se um próspero facilitador de negociatas engendradas por capitalistas selvagens. Em 2012, o julgamento do mensalão ressuscitou o perseguido político: de novo, jurou que incendiaria o país se o Supremo Tribunal Federal fizesse o que deveria fazer. Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, entrou no presídio com um sorriso confiante e o punho erguido.

Casa Dirceu VinhedoO Dirceu que voltou à cadeia a bordo das bandalheiras do Petrolão é uma versão avelhantada do sessentão que deixou a Papuda para cumprir em casa o restante da pena. Desfrutou por poucos meses do poder que perseguiu desde o berçário. Desfrutou por poucos anos da fortuna que passou a perseguir depois do regresso à planície. O casarão em Vinhedo é uma das muitas evidências tangíveis de que José Dirceu é hoje um milionário. Para quê? Para nada. De que vale a posse de mansões para alguém forçado a dormir no xilindró?

Tropas comandadas por um guerrilheiro de festim só conseguem matar de riso, repete esta coluna há seis anos. As dúvidas que assaltaram muitos leitores foram dissolvidas pela implosão do embuste. O guerreiro do povo brasileiro era apenas um caçador de pixuleco.

Vacina da dengue deve estar pronta até 2018

Por Vinícius Marra


A vacina da dengue deve estar pronta até 2018. Os pesquisadores pretendem iniciar, nos próximos meses, a 3º etapa do processo de liberação da vacina. Para isso, procuram voluntários.

Pixuleco II: Polícia Federal fez buscas no escritório do advogado de Gleisi Hofmann, em Curitiba


policia_federal_06Área contaminada – Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Federal fez buscas no escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck, que teria recebido R$ 4,64 milhões entre setembro de 2010 e janeiro de 2013 da Consist Software. Entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014, a SWR Informática pagou R$ 1,2 milhão ao escritório, enquanto que entre janeiro de 2012 e abril de 2012 da Consist Business depositou R$ 423,2 mil na conta bancária da sociedade de advogados. Em todos os casos, os pagamentos foram a título de ‘honorários advocatícios’.

De acordo com a PF, a banca ‘é ligada ao PT, presta serviços ao PT’. O escritório teria ‘relações próximas’ com a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) e com o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações) e atuou na campanha de Gleisi.

O novo esquema gira em torno de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento, a partir do acesso de dados relativos a mais de 2 milhões de servidores públicos federais. A organização comandada pelo operador de propinas Alexandre Romano, preso nesta quinta, ‘auferia remuneração decorrente desses serviços’.

A Polícia Federal informou que quatro escritórios de advocacia estão na mira da “Pixuleco II”, décima oitava fase da Operação Lava-Jato, sendo dois deles em Curitiba, supostamente envolvidos no novo esquema descoberto pelas investigações – fraudes com valores de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, do qual Paulo Bernardo foi titular entre março de 2005 e janeiro de 2011 (governo Lula).

A PF não atribui a Gleisi e a Paulo Bernardo qualquer envolvimento na Pixuleco II. A senadora paranaense é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República no âmbito da Lava-Jato porque, segundo delatores, teria recebido R$ 1 milhão na campanha de 2010. O esquema descoberto pela Pixuleco II teria sido montado em 2010 e predominou até julho de 2015, segundo rastreamento de pagamentos de propinas, inclusive para a viúva do ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.

O esquema beneficiava o ex-secretário de RH do Planejamento, na gestão de Paulo Bernardo, Duvanier Paiva Ferreira, morto em 2013. O escritório ‘ligado ao PT’ atua na área administrativa, bancária e financeira, consumidor e contratos comerciais, além de empresarial penal, fusões societárias e telecomunicações.

Segundo a PF, recentemente houve desmembramento da sociedade de advogados, mas os escritórios, mesmo separados, continuaram funcionando no mesmo prédio. Um dos desmembrados, o escritório de advocacia Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo Advogados também teria recebido, entre maio de 2014 a março de 2015, R$ 957,2 mil da Consist Business Software a título de ‘honorários advocatícios’.


Sobre os pagamentos efetuados aos escritórios de advocacia, a PF afirma que, ‘em pesquisa em fontes abertas, não logrou encontrar causas das empresas’ que os contrataram.

Presidente da AMB pede apoio aos médicos contra Dilma


Manifestantes visitam José Dirceu na cadeia, o humilham e cobram que ele entregue Lula