domingo, 2 de agosto de 2015

Cunha diz que Câmara vai interpelar judicialmente advogada Catta Preta

Por VEJA

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anuncia rompimento com o governo, durante entrevista - 17/07/2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, 
anuncia rompimento com o governo, durante entrevista 
- 17/07/2015(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Ou esclarece o que disse ou se responsabiliza, diz Cunha sobre Catta Preta

O presidente da Câmara diz que vai interpelar judicialmente a advogada que acusou a CPI de ameaçá-la

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou neste sábado por meio de sua conta no Twitter que vai acionar a Procuradoria Parlamentar da Câmara para interpelar judicialmente, e "independentemente da CPI", a advogada Beatriz Catta Preta. Na quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, Catta Preta, responsável por nove acordos de delação premiada na operação Lava Jato, acusou "integrantes da CPI" da Petrobras de ameaçá-la. A advogada afirmou que, diante de "tudo isso que está acontecendo" e "para preservar a segurança" de sua família, decidiu abandonar a advocacia.

"A acusação atinge a CPI como um todo e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso", escreveu o deputado. "Determinarei a Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independente da CPI. A mesa diretora da Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu as ameaças", completou Cunha em sua conta na rede social.

Esta é a primeira vez que Cunha se manifesta sobre as declarações da advogada. Nesta sexta-feira, o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), criticou as acusações de Catta Preta, que foi convocada a falar à comissão e depois desobrigada pelo Supremo Tribunal Federal. "A CPI não ameaça ninguém. A CPI investiga. O que é mais estranho é uma advogada criminalista que tem prestado serviços no país há muito tempo alegar de uma hora para outra que está sendo ameaçada sem trazer nenhuma pessoa que a ameaçou, sem trazer nenhum fato concreto", disse o deputado.

Entre os ex-clientes da advogada, está o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, que, em sua delação, citou o presidente da Câmara como destinatário de 5 milhões de dólares do propinoduto que sangrou a Petrobras. Na entrevista ao Jornal Nacional, Catta Preta não citou nomes de políticos, mas afirmou que a pressão aumentou depois que o delator envolveu Cunha no esquema.

Pauta-bomba - Na rede social, Eduardo Cunha também rebateu as afirmações do governo de que ele esteja preparando a aprovação de um conjunto de medidas que aumentam os gastos da União, Estados e Municípios, a chamada "pauta-bomba", na volta do recesso parlamentar. "A tentativa de colocar nas minhas costas uma chamada pauta bomba para prejudicar as contas públicas não tem o menor sentido. Tenho absoluta consciência do momento de crise econômica e sempre me pautei por posições contrárias ao aumento dos gastos públicos", escreveu o deputado no Twitter.

Cunha também ressaltou que a "paralisia da economia" não é culpa do Congresso e criticou o governo federal, frisando que não houve corte de gastos, mas apenas redução dos investimentos. Segundo ele, o governo poderia ter reduzido o número de ministérios e cargos de confiança. "Mesmo que para a economia isso não fosse tao significativo, o exemplo seria um importante sinal para a sociedade", disse o presidente da Câmara.

Com Tudo Dentro - Episódio 02



Gustavo Mendes volta com mais um "Com Tudo Dentro". Novos personagens em um programa super divertido. E, é claro, com a presença dela, a jaguatirica do planalto respondendo perguntas dos nossos internautas.

As provas do cala-a-boca sobre a morte de Celso Daniel


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Cadáver insepulto: corpo de Celso Daniel encontrado 
numa estrada de Juquitiba, alvejado por oito tiros 
(Epitácio Pessoa/AE/VEJA)
Claudio Dantas informa na IstoÉ:

“Aos poucos vão se confirmando as denúncias do publicitário Marcos Valério feitas em depoimento ao MP em 2012. Já há provas do empréstimo feito pelo pecuarista Bumlai no banco Schahin ­supostamente para comprar o silêncio ­sobre a morte de Celso Daniel [1], e registro da possível conta usada pelo PT para receber propina da Portugal Telecom no exterior [2].”
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Bumlai e Lula: amigos íntimos

1) Relembro a história da compra do silêncio:

O empresário Ronan Maria Pinto, segundo Valério, ameaçava implicar o PT, o então presidente Lula e o chefe de gabinete Gilberto Carvalho no misterioso assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel.

Valério confirmou que o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, lhe pediu 6 milhões de reais para resolver o problema. Ele reafirmou que não quis se envolver na história, mas que o dinheiro da chantagem acabou sendo pago pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula, por meio de um empréstimo contraído no Banco Schahin.

2) Época revelou na semana passada a descoberta da Polícia Federal de uma conta no exterior destinada a saldar dívidas da campanha eleitoral de Lula em 2012, que havia sido citada especificamente por Valério em depoimento naquele ano.

A conta “movimentou 7 milhões de reais e envolvia o próprio Lula, Antonio Palocci e Miguel Horta e Costa, da Portugal Telecom”, segundo o publicitário condenado a 37 anos de cadeia pelo mensalão.

Valério dissera que Lula e Palocci combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria os 7 milhões aos petistas e que o dinheiro entrou no Brasil pelas contas de publicitários que prestaram serviços a campanhas do PT.

Resumindo:

As provas de ambas as operações podem piorar ainda mais a fase do Brahma.

Criticar o PT, agora, é fácil


Com a crise multiforme se expandindo em todas as dimensões da vida política, econômica e social, com os escândalos vindo a lume como saem os lenços, amarradinhos um ao outro, da cartola do mágico, com a crise pedindo passagem a bordoadas e deixando pelo caminho as vítimas da inflação, da recessão e do desemprego, aí, meu caro leitor, é muito fácil criticar o governo petista.

Dureza foi apontar os males do petismo quando, antes de assumir poder político real, ele era o megafone de todas as reivindicações, perante os portões das fábricas e dos palácios. Difícil era confrontá-lo quando, como grande inquisidor das condutas de seus adversários, orientava os mais candentes sermões em favor - lembram? - da moralidade e da austeridade. O petismo, então, se vestia de justiça, solidariedade, direitos humanos, superação dos desníveis sociais; e atraía multidões. Os ouvidos da CNBB, por exemplo, se encantaram para sempre. A partir de então, vá o partido para onde for, a entidade marcha ao seu lado. Até frei Betto largou o PT de mão. Mas a CNBB, não.

À luz da história, analisando partidos políticos com condutas semelhantes, era fácil perceber para onde estávamos sendo conduzidos. Ante o que acontecia no Brasil, não. Aqui, tendo em vista a fragilidade das nossas instituições e a pouca credibilidade dos partidos políticos já afeitos ao exercício do poder, era mais complicado perceber que o petismo significava o canto das sereias, atraindo a nação para os rochedos e para o naufrágio.

Em 2003, o PT chegou ao poder e em 2005, quando estourou o mensalão, tornou-se comum encontrar com leitores que me paravam na rua para afirmar que eu profetizara. Mas era bem o contrário. Bastavam as entrelinhas e o entreouvido e, principalmente, ler o passado. Aquelas ideias e aquele modo de fazer política, em toda parte, produziram o resultado que passávamos a observar por aqui. Não obstante, foram necessários outros 12 anos, um descomunal estrago, e uma crise do tamanho da que aí está, para que, finalmente, ampla maioria da população compreendesse o que já deveria estar bem sabido.

"Coxinhas! Golpistas! Lacerdinhas! Ultradireitistas! Fascistas!". É assim que argumentam, hoje, muitos defensores do governo. Xingam os que afirmam algo tão óbvio quanto que o governo, acabou e que as instituições precisam resolver a encrenca. Conduta rasteira, chã, mas eu os entendo. Não há argumento que lhes lave as mãos e lhes limpe os calçados. Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado! Para estes, o governo não serve. E a oposição tampouco. São os mais perigosos porque se alinharão, ao fim e ao cabo, com algo ainda pior do que isso que aí está.


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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.


Vê se toma tenência e vergonha na cara, FHC!


Assim não dá. Assim não é possível. Se fosse para escolher uma só oposição, qual você escolheria? Ora, o PSDB representando por FHC, claro! Uma “oposição” dessas até Fidel Castro aceitaria em Cuba! O Brasil vive a “tempestade perfeita”, os escândalos de corrupção chegaram até o cangote da presidente Dilma, que já não tem apoio algum. A economia desce ladeira abaixo por conta das trapalhadas passadas e da inoperância presente do governo. O PT passa a ser desprezado pela população que pensa. E o que faz Fernando Henrique? Elogia Dilma! Novamente, com aquela entonação de voz dele: Assim não dá. Assim não é possível.

Leio na Exame que o ex-presidente, em entrevista a uma revista alemã, baixou o tom e saiu em defesa da presidente Dilma. Estou com alguma esperança, minúscula, confesso, de que seja um problema de tradução. O entrevistador não compreendeu direito. Só pode ser isso! Alemão é uma língua difícil mesmo, tentei aprender por seis meses e sei do que falo. Pois, tirando essa hipótese, o que temos é um “líder de oposição” que mais parece um companheiro, um camarada escalado pela própria Dilma para aliviar sua barra nesse momento delicado. Vejam:

De acordo com a DW, FHC disse na entrevista, publicada em alemão na edição da revista deste sábado, 1º, que Dilma não está envolvida nos desvios da estatal petrolífera, mas que o PT está. Ele lembrou que João Vaccari, ex-tesoureiro da sigla, foi detido na operação.

“Eu a considero uma pessoa honrada, e não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, ódio que se volta agora contra o PT”, diz FHC, creditando a Lula a responsabilidade por todo o escândalo.

E disse que talvez Lula tenha que depor como testemunha, “o que já seria suficientemente desmoralizante”.

“Não se deve quebrar esse símbolo (Lula), mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país”, disse o ex-presidente tucano na entrevista.

FHC chegou até a elogiar o petista: “Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo.”

Como é que é? Dilma, uma pessoa honrada? Em que planeta? Sua trajetória é a de uma terrorista, assaltante, disposta aos meios mais nefastos não para defender a democracia, mas para impor o comunismo! Depois foi eleita como um “poste”, sem jamais ter recebido votos e com a única experiência administrativa de ter quebrado uma lojinha de bugingangas. Foi reeleita depois com muito abuso da máquina estatal e o estelionato eleitoral em curso. Uma pessoa honrada? O que FH entende por honra, meu Deus?!

Lula também recebeu elogios? Não se deve quebrar um símbolo? Qual símbolo? O de um sujeito imoral, indecente, cínico e mentiroso, disposto a “fazer o diabo” para ficar no poder? Ou o de um populista safado amigo dos piores ditadores do planeta? É esse símbolo que FH quer tanto preservar em prol do nosso futuro? Um futuro bolivariano, talvez? Quais foram os méritos de Lula em sua trajetória? Quem diz isso tem um conceito muito diferente do meu sobre mérito!

Vê se toma tenência, FH! Vai mesmo se afundar junto do PT? Seu ranço socialista ainda é tão grande assim? Não é capaz de compreender o momento em que vive o Brasil, a indignação popular com essa cambada de ladrões, a revolta com o caos social e econômico plantado pelo governo? Não sente os ventos de mudança, que não deixam mais espaço para uma “oposição” covarde, pusilânime, “amiguinha” que tenta salvar a cara dos vilões de nossa democracia? Não aprendeu com os erros de 2005 no mensalão? Vergonha na cara, FH! Ou vai abraçar os afogados e descer junto com eles para o fundo do pântano, de onde tais criaturas jamais deveriam ter emergido!

Obama sacramenta o império Castro-Comunista

Por Graça Salgueiro

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Embaixada dos EUA é reaberta em Cuba no mesmo 
prédio onde deixou de funcionar, há mais de 50 anos.
No dia 20 de julho o presidente Obama selou com o ditador Raúl Castro o fim das hostilidades entre os dois países, reabrindo suas antigas embaixadas nos mesmos edifícios onde funcionavam antes. Da noite para o dia, Cuba foi cirurgicamente higienizada dos cartazes que antes xingavam e mandavam àquele lugar o país do Tio Sam. Nas ruas uns comemoravam, enquanto outros, lúcidos, diziam não acreditar em mudança real e benéfica para o povão, o cubano “a pé”. E estavam cobertos de razão.

Antes da reabertura das embaixadas Obama já havia retirado Cuba da lista de países que colaboram com o terrorismo internacional, fechando os olhos para os incontáveis terroristas, de todas as nações, que buscam abrigo na ilha caribenha por saber que lá não existe acordo de extradição com nenhum outro país do mundo. As FARC estão em Havana desde setembro de 2012, fingindo querer selar um acordo de paz com o governo colombiano, mas é desde lá, com o apoio irrestrito e orientações dos irmãos Castro, que o grupo narco-comunista faz negócios de armas e drogas, planeja novos ataques terroristas e elabora novas formas de tomada do poder, e a tudo isso o presidente apátrida Juan Manuel Santos diz amén.

No dia 26 de julho, a ditadura cubana comemorou o 62º aniversário do assalto ao Quartel Moncada, em Santiago de Cuba, a segunda fortaleza militar do país, cujo feito acabou num rotundo fracasso, e a centena de seguidores de Fidel Castro acabou morta ou na prisão, entre os quais o próprio Fidel. Em Las Tunas, junto à Praça da Revolução, o Ministério do Interior instalou um posto de “inspeção” para controlar possíveis manifestações contrárias à ditadura. A sala de navegação de internet não funcionou, e o empresa de telecomunicações informou com candura: “não há conexão”. Isso poucos dias depois do restabelecimento das relações com os Estados Unidos.

No mesmo domingo 26, uns 60 opositores foram detidos em Havana após a marcha das Damas de Branco. As mulheres assistiram a uma missa e depois se concentraram no parque Mahatma Ghandi para prestar homenagem aos opositores Oswaldo Payá e Harold Cepero, mortos há 3 anos e que, pelas circunstâncias, não há dúvida de que foram assassinados pela ditadura. Antes da marcha várias mulheres já haviam sido presas, bem como jornalistas independentes, e outros tiveram suas casas sitiadas pela Segurança do Estado para não participar dessas manifestações.

Obama também já fala em devolver a base naval de Guantánamo e mostra nítido interesse em suspender o embargo, embora para tanto necessite da aprovação do Congresso. A pré-candidata presidencial pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, está muito empenhada em terminar com esse embargo, alegando que é preciso abandonar as “falidas políticas do passado”, e fará campanha na Florida, reduto de exilados cubanos, onde certamente não encontrará respaldo. Dois pré-candidatos republicanos, Jeb Bush e Marco Rubio, se opõem vigorosamente ao fim do embargo e Marco Rubio, que é cubano-americano, disse que se ganhar as eleições irá romper esse acordo feito com Obama.

Sempre me impressionou como governantes de países democráticos, que gozam de total liberdade para decidir seus destinos, possam apoiar uma ditadura genocida e terrorista como Cuba. E agora, com o apoio total do país mais poderoso do mundo, livrando os ditadores Castro de qualquer responsabilidade por seus crimes, com o apoio financeiro dado pelo Brasil com a ampliação do Porto de Mariel e do aeroporto José Martí. Com a consagração de Cuba no II Encontro da CELAC em janeiro do ano passado, Cuba, ou, mais precisamente, os velhos abutres Castro, renascem das cinzas como uma fênix macabra, que engorda suas arcas pessoais com milhares de euros e dólares, enquanto continuam oprimindo e encarcerando aqueles que clamam por liberdade, trabalho digno e o direito a três refeições por dia.

Cuba não tem nada a oferecer aos empresarios estrangeiros, ávidos por lucros, pois não produz nada além de miséria e fome. E prostituição como meio de sobrevivência. Para o cubano a pé nada mudou, nada vai mudar, enquanto o principal não for destruído: o maldito regime comunista e o fim do império castrista, do qual Obama é admirador e principal mantenedor, por isso dá tudo que lhe é exigido sem nenhuma contrapartida.

Publicado no Jornal Inconfidência.