sexta-feira, 17 de julho de 2015

Carta ao Jornalista Reinaldo Azevedo

Por Milton Pires

The Siege: Nova York sitiada
Prezado Reinaldo: 

Nós nos conhecemos pessoalmente na Livraria Cultura, aqui em Porto Alegre, por ocasião do lançamento de “O País dos Petralhas II” (livro que guardo aqui em casa com a sua dedicatória). Leio seu blog diariamente e, se você escrever outro livro, evidentemente, vou comprar e ler. Apesar disso, muito já me irritei (e vou continuar, provavelmente, me irritando) com declarações suas a respeito do PT. Tenho certeza absoluta que você não se importa com a minha “irritação” e vai manter, como sempre fez, seus pontos de vista que tem sempre, na minha opinião, bases muito sólidas.

Hoje eu lhe escrevo em função da Operação Politeia da Polícia Federal – essa que invadiu propriedade de Fernando Collor e tomou seus carros de luxo – dando origem ao seu post de 15/07/2015 às 9:20 com o título“Os inocentes úteis e inúteis que saem em defesa da truculência da PF e do MP estão é no movimento “Fica Dilma!”

A respeito do seu post, fiz um comentário no Facebook dirigido ao amigo Dalmo Accorsini e que reproduzo aqui: Dalmo, parece-me que agora o Reinaldo Azevedo quer se apresentar ao Brasil como o agente especial Hubbart que, nessa foto, diz ao Coronel Devereaux: "Não, coronel, nós não podemos agir como eles...nós não podemos matar e torturar...se nós fizermos isso, eles já ganharam!"

LEMBRE-SE, Dalmo: há uma diferença gigantesca entre o Hubbard e o Reinaldo Azevedo (mesmo que o primeiro seja apenas um personagem do Denzel no filme “Nova York Sitiada”) - no filme HAVIA UM ESTADO DE DIREITO A SER DEFENDIDO, SIM!! Não há, na Suprema Corte, advogados de Partidos Americanos (nem do Hubbard nem do Coronel Deveraux). Ao atacar a ação da PF dizendo que foi "ilegal e espetaculosa", Reinaldo, mesmo apoiado pela letra fria da lei, está fazendo a defesa de algo que não existe mais.

Veja, Reinaldo, o seguinte: ao contrário do que escrevem na internet, eu jamais pensei ou disse que você é “agente tucano”, nunca disse que é “comunista” (embora já o tenha xingado com palavrões quando você disse que o PT não era) e tenho certeza absoluta que nós dois e 91% (já que a popularidade de Dilma é 9%) do povo brasileiro queremos o fim do governo dessa organização criminosa.

Onde estão as nossas diferenças então? Em primeiro lugar, como eu já deixei implícito anteriormente, eu considero, sim, o PT uma organização revolucionária ligada ao narcotráfico e ao Foro de São Paulo; você não.

Em segundo: eu não acredito mais que estejamos vivendo naquilo que se costuma chamar “Estado de Direito”. Viver num “Estado Democrático de Direito” é mais ou menos como a mulher que engravida – não existe mulher “meio grávida” assim como não existe Estado com “algumas instituições ainda funcionando”. Toda estrutura do Estado Brasileiro, Reinaldo, foi tomada pelo PT.

Disso eu tenho certeza absoluta que você já sabe e volto, portanto, ao ponto – nós discordamos da possibilidade de que alguma coisa possa ser feita “rigorosamente dentro da legalidade”.

Você então me perguntaria: “Milton, você acha então que os fins justificam os meios??” e eu lhe respondo - “Eu não, mas o PT sim!” e lhe devolvo a pergunta – como poderemos, Reinaldo, trocar o “pneu com o carro andando”?

As leis estão sendo feitas por eles! São ELES que dizem o que é legal ou não! Ou nós devemos ir até o fim (dentro da lei) e depois deixar que isso seja julgado por Toffoli e Lewandowski? Se é assim, melhor esperar 2018 e aceitar a volta do Lula !

Um abraço!


Fonte: Alerta Total


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Milton Simon Pires é Médico.

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