quarta-feira, 20 de maio de 2015

GOVERNO VAI CORTAR R$ 1,7 BILHÃO DA PF, CERCA DE 30% DO ORÇAMENTO

  
Orçamento cairá de R$ 5,4 bi para R$ 3,7 bi com cortes de Dilma
  
Depois de todo o alarde feito durante a campanha de investimento na Polícia Federal, o governo Dilma vai tirar R$ 1,7 bilhão do orçamento da corporação. O valor representa cerca de 30% de tudo que estava à disposição da PF e gerou preocupação na Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), pois vai impactar, diretamente, as investigações e operações da PF.

Segundo a ADPF, não faz sentido cortar quase dois bilhões de reais da PF, prejudicando a atuação dos policiais cujas investigações combatem os desvios de recursos públicos. Só no caso da corrupção na Petrobras, foram R$ 22 bilhões surrupiados, mais de dez vezes o que será cortado do orçamento da PF.

Coiotes: Dilma e Tião Viana


Luiz Edson Fachin é aprovado no Senado, que dá susto no governo ao rejeitar nome de indicado à OEA


luiz_fachin_01Sob pressão – A estratégia do Palácio do Planalto para a aprovação do nome de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal, funcionou. Apesar de toda a polêmica que emoldurou a indicação, Fachin conseguiu, no plenário do Senado, o apoio de 52 senadores, sendo que 27 votaram contra.

O maior temor do governo era o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que há muito está em rota de colisão com Dilma Rousseff. Mesmo com o esforço dos palacianos nos últimos dias, a expectativa de 70 votos a favor de Luiz Edson Fachin não se confirmou, o que mostra que a articulação do governo ainda é falha.

Gaúcho, 57 anos, Luiz Fachin fez carreira no Paraná e foi indicado por Dilma como retribuição ao apoio que o novo ministro deu à presidente na campanha de 2010. Fachin ocupará a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo e relator da Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

Desde a indicação, Luiz Edson Fachin tentou explicar posições controversas em relação a temas ligados à família, à propriedade e à política. Para minimizar o estrago pelas críticas que recebeu ao longo das últimas semanas, o novo ministro contratou uma equipe de assessoria de imprensa e lançou uma campanha nas redes sociais para tentar esclarecer, com vídeos, as tais polêmicas.

O jurista também se apresentou pessoalmente aos 81 senadores, mas não foi recebido por quatro, que deram como desculpa a incompatibilidade de agendas. Na última semana, Fachin foi submetido a uma demorada sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, recebeu os votos de 20 dos 27 membros do colegiado.

Derrota inesperada

Antes de ter início a votação em torno de Fachin, o plenário do Senado rejeito, por 38 votos contra e 37 a favor, a indicação do diplomata Guilherme Patriota para o cargo de representante brasileiros na Organização dos Estados Americanos (OEA). Irmão do também embaixador Antonio Patriota, ex-ministro de Relações Exteriores, Guilherme Patriota não conseguiu cabalar 41 votos, número mínimo estabelecido pelo regimento do Senado.

Cumprindo ordens do Palácio do Planalto, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) revelou sua indignação e disparou: “É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal”.

Rebatendo a declaração do senador petista, Renan Calheiros disse que a aprovação dos nomes de embaixadores é uma atribuição do Senado e deve ser respeitada. Na verdade, Calheiros mandou mais um recado à presidente Dilma Rousseff, que insiste em se relacionar com o Congresso à sombra da truculência.

“Voto secreto e governo fraco são combinações explosivas”



O colunista do Radar on-line questiona: “será Luiz Edson Fachin eleito hoje?". Reinaldo Azevedo também fala sobre a votação pela cadeira no Supremo Tribunal Federal. “Fiquei encantado em ver como Fachin se transformou em um seguidor de tudo o que antes ele deplorava." Rodrigo Constantino aborda a alta inadimplência nas empresas.

Aumentar limite de repasse ao BNDES contraria qualquer ajuste fiscal, afirma Ronaldo Caiado


ronaldo_caiado_28Dinheiro extra – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) criticou e votou contra a Medida Provisória 663/14 que aumenta o limite do repasse de incentivos pela União ao BNDES em R$ 50 bilhões. A matéria foi aprovada em plenário nesta terça-feira (19).

O senador goiano rejeitou o argumento do governo federal de que esse incremento no volume de crédito com equalização de juros pelo Tesouro auxilia o banco na “demanda pelo aumento da competitividade da indústria brasileira”. Caiado lembrou o atual momento de recessão e a fraca demanda por investimentos.

“A economia está parada e a indústria não está buscando investimentos que justifiquem essa MP. Esse aumento só serve para tentar abater o calote ao qual o Tesouro vem impondo ao banco. Somente em 2014 o BNDES já declarava um crédito de R$ 26,16 bilhões junto ao Tesouro”, lembrou o senador.

O democrata se refere ao volume de crédito que o BNDES contabiliza desde 2010, quando o governo federal deixou de pagar as despesas com equalização de juros, ou seja, a diferença entre o juro real cobrado no mercado para o cobrado pelo BNDES. Para o democrata, no momento em que o governo impõe à população aumento de impostos, cortes em benefícios trabalhistas e arrocho fiscal, a MP que permite um maior endividamento do Tesouro aparece na contramão de qualquer política de austeridade.

“Dilma está deixando 178 mil jovens de fora do Fies para não arcar com um custo de R$ 7,2 bilhões a mais no programa. A Pátria Educadora prefere economizar em educação a deixar o suspeitíssimo BNDES sem recursos para financiar aliados internos e externos que sustentam o PT no poder”, protestou.

MP 664 e MP 665

Ronaldo Caiado também criticou as duas MPs que cortam benefícios trabalhistas e direitos adquiridos da população e que devem ir ao plenário do Senado Federal já nas próximas sessões. Ele lembrou o caráter inconstitucional das medidas já ressaltado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, e o atual cenário de aumento de desemprego e recessão.


“No momento de maior fragilidade de nossa classe trabalhadora, quanto todos estão pagando por erros na economia do governo, essas medidas são de grande insensibilidade. Estamos tirando a proteção àqueles que vão sofrer com desemprego e inflação diante das medidas já anunciadas pelo governo”, completou.

Programa do PSDB na TV e o domínio da política

Por Reinaldo Azevedo