segunda-feira, 30 de março de 2015

GUERRILHA VIRTUAL - A Verdade dos Blogs Sujos

Por Reinaldo Azevedo


O ÚLTIMO PASSO PARA O ABISMO BOLIVARIANO !!!

Por Gerson Paulo

Intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, Antonio Gramsci (1891-1937), percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (de Vladimir Lênin – comunista revolucionário, político e teórico político) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado, mas, sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado e depois, então, a aplicação da violência para finalizar o processo.

Nessa concepção gramsciniana, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de sociedade civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia, para que a classe subalterna passe a ser a classe dirigente.

Um grupo social da classe dirigente, assumindo o controle da sociedade política (Estado), permite que o partido da classe dirigente seja posicionado acima do Estado. Qualquer projeto político similar é mera coincidência.

A manobra é simples, lenta e gradual. Utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, as Forças Armadas, a Religião e a Família. Triste é testemunhar Igrejas que se dizem evangélicas financiar esse projeto.

Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia.

O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:

- na primeira, organiza o partido das classes subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;

- na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;

- na terceira fase, toma o poder pelo uso da força, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem social, política e econômica.

Percebam os leitores como estamos avançando nesse projeto de poder implementado pelos partidos da esquerda radical brasileira, encabeçado pelo PT e seus aliados. Aliás, senhores, não se deixem enganar, pois a briga do PSDB versus PT é de quem será o partido da classe dirigente posicionado acima do Estado.

Para quem achava que isso era mera “brincadeira” ou “teoria da conspiração” começa a perceber a concretude do projeto político que fundará uma “Nova Ordem Mundial” nos países da América Latrina; é preciso deixarmos a omissão e covardia de lado e irmos para as ruas lutar […] o tempo urge contra nós.

Especialmente para os que ainda acham que é perda de tempo protestar ou aceitar os fatos políticos que estamos vivenciando, verdade é que o nosso Brasil caminha para uma sociedade (des)governada por um obscuro poder sádico. Inclusive, esse projeto vive descarada e conscientemente de mentiras plantadas por meio de uma imprensa comprada, fabricada como protetora de seus “deficientes projetos de governos”, e o que é mais grave, custeada por meio dos pesados tributos cobrados do povo. Os exemplos mais avançados dessa agenda estão em nossas vizinhanças: Venezuela (de Maduro), Equador (Rafael Correa), Argentina (de Cristina Kirchner).

Como se tentou em 1964, estamos novamente sendo atraído ao clássico modelo “proletariado”, apenas com uma roupagem, como em breve síntese alerto, mas pomposa (bolivarismo) que fará com que o Terceiro Reich de Hitler e o Facismo de Benito Mussolini pareça brincadeira de criança. O ocaso da América Latrina esta avançando a toda velocidade, salve-se quem puder.

Sem nenhuma reação, até mesmo por conta da rotina consumista e divertimentos, os 12 (doze) países da URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) já implantaram, em 05/12/2014, com a presença de Dilma Vana Rousseff, na inauguração da sede da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), em Quito (no Equador), um grande bloco pela unificação dos países que passarão a integrar a chamada “Pátria Grande”, antigo sonho das esquerdas de tornar a América do Sul uma grande pátria comunista.

Na ocasião a nossa “presidanta” lembrou que já existe um decreto aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro que permite o livre trânsito de embarque e desembarque de tropas estrangeiras em solo brasileiro.

Enquanto acontecem coisas assim, capazes de afetar a soberania e a integridade territorial do país, o povo que de nada, até então queria saber ou participar, começa a ficar preocupado com a corrupção institucionalizada que arrasa a nação.

Essa agenda, a passos acelerados, sem nenhuma oposição daqueles que se diz nos representar nas casas “porco-parlamentar” brasileira, vai milimetricamente se cumprindo. Depois da importação de médicos cubanos, facilitação de vistos de entrada para haitianos, bolivianos etc. pelo governo do PT, sublinhe-se, todos em idade de guerra, já está a caminho a terceira e última fase do projeto que pretende, como já nos deu a dica Lula, envolver o uso da força para a tomada completa do poder.

Exatamente isso, o PT prepara o grande e derradeiro golpe. É o processo de implantação do “socialismo/caviar” no Brasil !!! O projeto é cristalino: um socialismo no modelo proposto à moda gramscista. Vide exemplos de nossas vizinhas em que ditadores revestidos em qualquer corpo conservam máscaras capazes de adulterar a memória histórica de uma nação conquistada a sangue, tornando o seu povo “marionetes manipuladas” com medo e escravos da omissão. “O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua própria consciência” (Aristóteles).

Precisamos urgentemente resgatar dentro de nós o sentimento de civismo e patriotismo, bem como buscar a conscientização para um maior engajamento político, ressuscitar o comprometimento com os princípios e valores que ainda norteiam nossa formação cultural e ter coragem para espreitar a realidade com olhos de transformação sem apagar a memória de nossas conquistas históricas.

Desperta Brasil, “A esperança tem duas filhas lindas, a INDIGNAÇÃO e a CORAGEM; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las” (Santo Agostinho).


QUE JEOVÁ EL-SHADAY SALVE A NAÇÃO BRASILEIRA DO CAOS !!! 


Publicado no site Revista Sociedade Militar

CPI Petrobras: Graça Foster

Por Onix Lorenzoni


Fonte: YouTube

Petrolão: prisão do presidente do Grupo Galvão deixa a petista Gleisi Hoffmann em nova saia justa

gleisi_hoffmann_82Prego no caixão – A senadora petista Gleisi Helena Hoffmann, do Paraná, parece viver um contínuo inferno astral. Acreditando que o pior do maremoto de lama que a atinge, assim como ao PT, já havia passado, Gleisi decidiu de forma temerária, na última quarta-feira (25), usar a tribuna do Senado para atacar as investigações da Operação Lava-Jato. Mas como diz a sabedoria popular, o castigo veio a cavalo.

Na quinta-feira (26), a Polícia Federal prendeu o presidente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão. As empresas do grupo doaram R$ 1,4 milhão para a campanha de Gleisi na disputa pelo governo do Paraná em 2014. Acontece que essas doações, assim como todas feitas pela Galvão, estão sob suspeita.

A prisão de Dario Galvão deixa a petista Gleisi em pânico, pois aumenta a possibilidade de ser denunciada em nova delação premiada. A senadora já foi incluída na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por ter sido delatada pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef. Nos depoimentos de ambos, a senadora foi acusada de ter embolsado, em 2010, R$ 1 milhão desviado da Petrobras.

Em 2014, a ex-chefe da Casa Civil da Presidência arrecadou R$ 21 milhões (registrados no TSE) para sua campanha ao governo do Paraná, sendo que boa parte desse dinheiro veio de empreiteiras envolvidas nos desvios da Petrobras, que estão sendo investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato.

O dinheiro frio com origem no Petrolão entregue a Gleisi Hoffmann é o quesito que a Polícia Federal tem da forma mais documentada e com as mais detalhadas informações. Sabe-se, por exemplo, quem recebeu para Gleisi: foi um empresário curitibano dono de um shopping popular. Sabe-se também quem levou o dinheiro para Curitiba: Rafael Angulo Lopez, o mensageiro de Youssef, que repassou os recursos em quatro parcelas, em dinheiro vivo, nas dependências do tal shopping. Sabe-se até mesmo a data exata de uma das entregas: 15 de julho de 2010, estabelecida pela PF com base em um voo de Angulo para a capital paranaense.

Apesar dessa fartura de elementos incriminadores, a defesa de Gleisi Hoffmann continua adotando uma linha que nos tempos do então presidente Lula seria considerada “aloprada”. Para tentar rebater as gravíssimas acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras e pelo doleiro, o advogado da senadora tenta colocar em dúvida as acusações, baseada em pequenas e irrelevantes inconsistências nos depoimentos dos delatores. Essa linha pífia e tênue tende a naufragar de vez no momento em que mais uma delação – ou novos indícios de recebimento de propina – surgir no horizonte da Lava-Jato.

A prisão do presidente do Grupo Galvão aumenta de forma exponencial a possibilidade de novas provas incriminadoras contra Gleisi. O mandato conquistado com o uso de dinheiro de origem duvidosa pode estar com os dias contados.



Publicado originalmente no site UCHO.INFO

Doutrinação ideológica na pauta do Congresso e da mídia

Por Thiago Cortês

descortes_esp_reaÉ inegável a vitória obtida nesta semana contra a doutrinação ideológica nas escolas e universidades do País.  A audiência da Comissão de Educação da Câmara Federal, ocorrida na terça-feira, 24, levou a discussão sobre o problema a um patamar inédito.

A temática da doutrinação política e ideológica ganhou, pela primeira vez, uma audiência pública no Congresso Nacional. É claro que existe um longo caminho a ser percorrido, mas a própria realização da audiência oferece motivos para comemoração.

Trata-se de um marco em termos simbólicos e midiáticos. A imprensa, ainda que de forma tímida, noticiou o debate. Do ponto de vista político, a audiência foi uma iniciativa da sociedade civil sem qualquer tipo de vinculação partidária.

O movimento Escola Sem Partido (ESP), cujo fundador e coordenador é o advogado Miguel Nagib, congrega desde 2004 pais de alunos, estudantes e professores que já não suportam a instrumentalização da educação para fins ideológicos e partidários.

Eis um aspecto que perturba os engenheiros sociais do Ministério da Educação: entre os fundadores e participantes do ESP estão vítimas diretas e indiretas da doutrinação que ocorre em escolas e universidades da rede pública e particular.

A natureza civil e apartidária do ESP impede que os ideólogos que comandam (e corrompem) a educação brasileira façam uso do expediente-petista-padrão que consiste em rotular o movimento e negar a sua legitimidade.

A audiência teve ainda mais impacto pela participação de professores e representantes de instituições de ensino que confirmaram o que o Escola Sem Partido denuncia há mais de dez anos: a educação brasileira foi sequestrada pelos ideólogos de esquerda.

descortes_audienciaBasta citar a fala do professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná, Luis Lopes Filho, que desconstruiu a tese furada segundo a qual o esquerdismo é sinônimo de “pensamento crítico”:

“Esses livros didáticos não entregam o que eles prometem. Citam Paulo Freire e dizem que a prioridade é ensinar a pensar, mas apresentam questões polêmicas sob um único viés”.

Também está registrada e foi noticiada a fala do sociólogo Braúlio Porto de Matos, professor da Universidade de Brasília, que se referiu a Paulo Freire como um exemplo de ideólogo cuja obra tão somente trata a pedagogia como um meio de doutrinação esquerdista.

O problema é o professor militante

Alguns freireanos magoados depois, o próprio Miguel Nagib – que certa vez ouviu da filha que seu professor havia comparado o guerrilheiro Che Guevara  a São Francisco de Assis –  lembrou que tal expediente é um claro desrespeito à Constituição:

“O uso da sala de aula para fins políticos e ideológicos afronta, a um só tempo, o princípio constitucional da neutralidade política e ideológica do Estado, e a liberdade de consciência dos estudantes, assegurada pelo art. 5.º, VI, da Constituição Federal. A sala de aula hoje é um local onde a Constituição Federal não tem valor”, denunciou.

O problema não é a existência de professores esquerdistas na sala de aula. Posso dizer que já tive bons professores de esquerda que não tentaram me doutrinar e, pelo que me consta, até hoje estimulam o debate com seus alunos, respeitando os diversos pontos de vista.

O problema é o professor militante que – aproveitando-se da vulnerabilidade de indivíduos ainda em formação – transforma a aula em um momento de catecismo ideológico. E é também o Ministério da Educação, que transforma livros didáticos em cartilhas ideológicas.

No site do Escola Sem Partido é possível ler vários depoimentos de alunos do ensino médio e universitário que foram intimidados por professores militantes porque não comungavam dos dogmas da esquerda. Isso não é aula, tampouco debate; é apenas catecismo.

Pink-floyd-film-Stills81O marxismo deve estar presente nos currículos escolares como uma importante corrente de pensamento a ser pesquisada. Aliás, eu, particularmente, considero salutar o debate na sala de aula sobre o marxismo e suas consequências sociais, econômicas e culturais.

O que não se pode fazer é tratar o marxismo como única corrente de pensamento que merece ser estudada, como se o marxismo abarcasse todo o pensamento crítico.

Só um cínico toma um ponto de vista ideológico específico como instrumento de “despertamento das consciências” – desculpa de professores militantes da rede particular de ensino.

Quem diz Marx, deve ser capaz de dizer Misses; que a Michel Foucault se contraponha Roger Scruton; e que os autores marxistas que habitam as salas de aula tenham como companheiros de aventura Sir Isaiah Berlin, Mário Ferreira dos Santos, Raymond Aron, Karl Popper etc…

Não existe pensamento crítico sem que os supostos pensadores críticos sejam alvos de críticas e contraposições. Os discípulos devem aprender a questionar seus mestres. Ou, como diria o velho Marx, de omnibus disputandum (tudo deve ser questionado).


Publicado no site Mídia Sem Máscara 


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Thiago Cortês é jornalista.

Brasil vai reformar térmica e doar para a Bolívia.
País vai Gastar R$ 60 Mi na térmica Rio Madeira, em Porto Velho


Pedido de doação da termelétrica foi feito diretamente 
por Evo Morales à Dilma (Foto: EFE)
Em meio a uma crise de energia sem precedentes no País e em busca de fontes alternativas para evitar um racionamento, o governo brasileiro vai gastar R$ 60 milhões para reformar e doar uma usina térmica para a Bolívia. O Ministério de Minas e Energia está nas tratativas finais para viabilizar a negociação.

A usina térmica Rio Madeira pertence à Eletronorte, uma das empresas do grupo Eletrobras. Inaugurada em 1989, ela foi uma das responsáveis por abastecer os estados de Rondônia e Acre por 20 anos. Com potência de 90 megawatts, o empreendimento fica em Porto Velho (RO) e é capaz de fornecer energia para uma cidade de 700 mil habitantes.

Segundo uma fonte, a usina precisa passar por uma "recauchutagem geral" para entrar novamente em operação. Antes de doá-la, a Eletronorte vai converter a usina para gás natural, combustível abundante na Bolívia.

Essa reforma, com o transporte e montagem na Bolívia, custará R$ 60 milhões. O dinheiro já foi transferido pelo governo para a Eletronorte, responsável pela reforma. Uma usina térmica nova, com capacidade de 100 MW, custa hoje em torno de R$ 100 milhões.

A transação está prestes a ser concluída pela estatal e depende apenas de um sinal verde do Ministério de Minas e Energia. A doação da usina faz parte dos compromissos bilaterais assumidos entre os dois países.

A térmica Rio Madeira foi desativada em outubro de 2009, quando o Estado de Rondônia foi conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e passou a ser abastecido por hidrelétricas, que produzem energia mais barata.

Em janeiro de 2014, a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) constatou que a usina, embora desligada, tinha condições de operar parcialmente. Seu prazo de concessão acabava apenas em 2018. No entanto, "devido ao alto custo de operação, esta dificilmente seria despachada".

Por essa razão, a Aneel declarou os bens da usina como "inservíveis à concessão de serviço público". Em 2010, cada megawatt-hora (MWh) produzido pela usina custava R$ 846,98. Atualmente, a térmica mais cara em operação no Brasil é a de Xavantes, também a movida a óleo diesel, com custo de operação de R$ 1.167 por MWh.

A conclusão da Aneel deu aval para a continuidade das negociações, que agora estão em fase final. Segundo uma fonte da Eletrobras a par do assunto, trata-se de uma "térmica de qualidade ruim", por isso o Brasil não faria questão de ficar com a planta.

Por meio de nota, o Ministério de Minas e Energia informou que o acordo teve como objetivo "promover a cooperação energética com a Bolívia". O ministério disse que a transferência de R$ 60 milhões foi autorizada por meio da Medida Provisória 625/2013.

O ministério informou ainda que os trâmites necessários para operacionalizar o acordo deveriam ser informados pela Eletronorte. Já a empresa declarou que o governo deveria se pronunciar sobre o assunto, já que se trata de uma negociação internacional.

O pedido de doação da termelétrica foi feito diretamente pelo presidente boliviano, Evo Morales, em uma reunião bilateral com Dilma Rousseff - a primeira entre os dois - durante a primeira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos (Celac), na Venezuela, em dezembro de 2011.

No encontro, Evo explicou à presidente os problemas de energia e os apagões constantes enfrentados por seu país e pediu ajuda. Apesar de ser um dos maiores produtores de gás do mundo, a Bolívia não tem os equipamentos para transformá-lo em energia elétrica.

Dilma prometeu ceder então à Bolívia a termelétrica Rio Madeira, que estava sem uso no Brasil, mas que precisava ser reformada. O contrato seria de empréstimo por 10 anos, renováveis. Na prática, no entanto, o empréstimo se transformaria em uma doação, já que o custo de devolver a usina para o Brasil dificilmente compensaria.

A política de boa vizinhança, no entanto, tem por trás não apenas também necessidade de garantir a boa vontade dos bolivianos. Maior fornecedor de gás ao Brasil, o governo da Bolívia já aumentou duas vezes o preço do metro cúbico enviado ao País, mas garante o abastecimento de outras usinas brasileiras.

Além disso, o Brasil quer viabilizar a construção de uma hidrelétrica binacional, na divisa entre os dois países. Trata-se de um projeto antigo e discutido há anos pelos dois governos, sem ter nenhuma decisão prática até hoje.

O governo ainda terá que elaborar um memorando de entendimento para fazer a cessão formal à Bolívia, o que só deve acontecer quando a usina estiver pronta para ser enviada aos bolivianos. O ato também é enxergado como uma forma de melhorar a imagem do Brasil em La Paz, abalada desde a fuga do senador Roger Pinto Molina da embaixada brasileira, ajudado pelo diplomata Eduardo Sabóia.

A Bolívia continua sofrendo com apagões, especialmente no interior do país, para onde deve ser enviada a termelétrica do Rio Madeira. (AE)

Regulação da mídia gera polêmica em debate com Berzoini


Comissão geral para ouvir o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini sobre as prioridades da pasta, que ele comanda desde janeiro
Berzoini negou intenção de controlar os veículos: 
"Liberdade de expressão é cláusula pétrea". 
(Gustavo Lima - Câmara dos Deputados)
O ministro das Comunicações participou nesta quinta-feira de comissão geral, no Plenário da Câmara.

Apesar de o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, ter garantido à Câmara dos Deputados que o governo não tem um projeto pronto de regulação da mídia brasileira, o tema gerou polêmica durante a comissão geral, nesta quinta-feira (26), em que o ministro falou das prioridades da pasta.

“Quero dizer aqui que o governo não vai apresentar nenhuma proposta neste momento. Vamos abrir um debate”, disse Berzoini. Segundo ele, o objetivo é tentar “construir entendimentos que sejam úteis à sociedade brasileira”.

O ministro negou qualquer intenção de controle dos meios de comunicação. “Isso é vedado pela Constituição. A liberdade de expressão é uma cláusula pétrea”, ressaltou.

Berzoini afirmou que serão chamados outros ministérios e movimentos sociais para uma discussão sem ideologia. “Estamos trabalhando no sentido de não ter nenhum tipo de preconceito ou pré-condição para esse diálogo”, comentou.

Venezuela

Comissão geral para ouvir o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini sobre as prioridades da pasta, que ele comanda desde janeiro. Dep. José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Para José Carlos Aleluia, Brasil pode virar uma nova Venezuela: 
"Por que o PT faz tanta questão de controlar a mídia?" 
(Gustavo Lima - Câmara dos Deputados)
Mesmo assim, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) denunciou a tentativa de “cercear” a liberdade de imprensa. “Por que o PT faz tanta questão de controlar a mídia? Se não estamos satisfeitos com a mídia, vamos ter mais imprensa, mais liberdade. Não façamos como Maduro [Nicolas Maduro, presidente da Venezuela]”, defendeu. Aleluia diz temer o estrangulamento da mídia privada, como houve na Venezuela.

A acusação foi rebatida pelo líder do PT, deputado Sibá Machado (AC). “Estamos aqui ‘puxando chifre em cabeça de jumento’. Vamos fazer um debate à altura. A Inglaterra fez há pouco uma das leis mais duras de que se tem notícia e ninguém a acusou de bolivarianismo”, disse Sibá. “Ninguém quer controlar ninguém”, emendou.

O novo regime de comunicações inglês criou um órgão regulador e outro ouvidor com poderes ampliados. Além disso, estabeleceu multas de mais de um milhão de dólares pela violação do código de ética da imprensa.

Monopólios

Alguns deputados reivindicaram mudanças no Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/62), especialmente no controle da propriedade em poucos grupos. “Somos reféns da atual mídia brasileira, que fica concentrada na mão de algumas famílias, sem cumprir o papel que devem cumprir”, criticou o deputado Aliel Machado (PCdoB-PR).

Sessão extraordinária para discussão e votação de diversos projetos. Líder do PT, dep. Sibá Machado (BA)
Sibá Machado: Inglaterra aprovou regulação 
e ninguém a acusou de bolivarianismo. 
(Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Os deputados Afonso Florence (PT-BA) e Vicentinho (PT-SP) defenderam ainda um controle social. “A comunicação é um patrimônio do povo e, muitas vezes, a mídia não cumpre o seu papel de assegurar a verdade”, sustentou Vicentinho. Florence destacou que, na Bahia, houve a experiência de um conselho estadual de comunicação durante a gestão de Jacques Wagner.

Por sua vez, o líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), disse que o projeto de regulação da mídia se transformou em um “fantasma”. “Seria um retrocesso inaceitável a censura, mas as emissoras de comunicação, que entram na casa das pessoas sem pedir licença, têm de ter regulamentação necessária contra a propriedade cruzada, o monopólio”, argumentou.


Já o deputado Luiz Couto (PT-PB) disse que a lei precisa ser mais dura contra políticos que tomam conta de rádios locais, o que é proibido. “Tem gente que bota ‘laranja’ [como dono de rádio] e acha isso democrático, porém, quando falamos em regulamentação da mídia, somos bolivarianos”, apontou.

PT quer censurar mídia para esconder seus crimes

Por Felipe Moura Brasil


Fonte: YouTube