segunda-feira, 16 de março de 2015

Brasil andou para frente

Por Arnaldo Jabor


Fonte: YouTube/CBN

Sem fazer mea culpa, governo repete promessas de 2013


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante entrevista coletiva neste domingo (15)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante 
entrevista  coletiva neste domingo
Sem autocrítica, governo repete promessas

Parecia reprise de junho de 2013: depois das manifestações que reuniram centenas de milhares de pessoas em todo o Brasil neste domingo, o governo prometeu estender o diálogo, defender uma reforma política via plebiscito e atacar as doações empresariais de campanha, conforme segue a cartilha do PT. Faltou a autocrítica.

Desta vez, o pronunciamento foi feito pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, no Palácio do Planalto. Eles se reuniram com a presidente Dilma Rousseff durante a tarde e foram escalados para apresentar a resposta do Planalto aos atos. Cardozo afirmou que o governo vai anunciar "nos próximos dias" o pacote anticorrupção prometido durante a última campanha eleitoral. Ele não deu detalhes do programa, mas disse que o foco é o combate à impunidade.

A promessa é semelhante àquela feita dois anos atrás, quando manifestações também se espalharam pelo Brasil. Sem reconhecer que o governo falhou em cumprir a promessa, Cardozo disse que o petrolão só foi descoberto porque o governo deu independência aos órgãos de investigação. "A situação da Lava Jato decorre claramente de uma postura governamental imediata de assegurar investigações autônomas". Rossetto prosseguiu o jogo de cena: "Este governo desde sempre combate à corrupção".

O governo também quer ressuscitar a fracassada tentativa de reforma política com consulta popular para, em primeiro lugar, implementar o financiamento público de campanha - ou seja: passar a conta para o contribuinte e adotar um sistema que nada faz para impedir o caixa dois.

Cardozo defendeu uma "ampla reforma política lastreada no ouvir da sociedade". "Não é mais possível que continuemos a ter o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. É necessário fechar imediatamente essa porta", disse ele.

A ausência de autocrítica também se evidenciou quando o ministro Miguel Rossetto fez uma análise da situação econômica. Ele manteve a postura escapista e culpou a crise internacional e a seca pelo total desequilíbrio da economia na atual gestão.

Enquanto o ministro da Justiça tentava passar a impressão de que o governo está aberto ao diálogo com todos os setores críticos, seu colega parecia pouco preocupado em construir pontes. Por mais de uma vez, Rossetto afirmou que as manifestações deste domingo reuniram majoritariamente pessoas que já não haviam votado em Dilma.


Enquanto os dois petistas falavam, brasileiros de diversas cidades, como São Paulo e Brasília, retomavam o "panelaço" promovido há uma semana, quando a presidente Dilma Rousseff foi à televisão discursar sobre o Dia da Mulher. Cardozo foi indagado sobre o tema e disse apenas que respeitava os protestos.

Reação do desgoverno petista de Dilma Rousseff às manifestações foi arrogante, avalia o PPS


jose_eduardo_46Salto alto – O PPS considerou “arrogante” a reação do governo às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT que ocorreram em 23 estados brasileiros neste domingo (15). O presidente nacional do partido, Roberto Freire, e o líder na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), entendem que os ministros José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), no pronunciamento e na entrevista coletiva desta noite, agiram como se os protestos não tivessem acontecido.

“O governo continua achando que as manifestações não significam nada, que os mais de 1,5 milhão de pessoas que foram às ruas hoje eram eleitores de Aécio Neves, ou seja, eles não estão entendendo coisa alguma”, afirmou Roberto Freire. “Os ministros foram profundamente arrogantes e, por isso, a melhor resposta ao governo foi o panelaço que aconteceu durante o pronunciamento deles”.

De acordo com Freire, “o governo começa a não poder mais falar, porque mesmo que sejam os ministros e não a presidente da República, são saudados com panelaços”.

Rubens Bueno criticou os ministros porque trataram “uma manifestação da ordem da que ocorreu hoje como se fosse aquela do dia 13, dos trinta dinheiros, que foi um retumbante fracasso”. O parlamentar referia-se ao movimento da CUT, do MST e da UNE a favor do governo.

“Não imaginava que o (ministro) José Eduardo Cardozo fosse se prestar, junto com o outro ministro (Rossetto) ao teatro do cinismo que eles apresentaram”, disse o líder. Para Bueno, eles continuaram a tratar a situação como a “guerra do nós contra eles, uma visão torta, de aparelhamento do Estado para atender a apetites de poder”.

Enquanto os ministros falavam, ocorreram panelaços em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília, dentre outras cidades brasileiras. Essa manifestação [panelaço], na sequência dos protestos e que serviu para emoldurar o pronunciamento oficial, mostra que o governo de Dilma Rousseff caiu no despenhadeiro do descrédito.


Em outro vértice do problema há de se considerar que para um partido que chegou ao Palácio do Planalto a bordo do discurso da “solucionática”, da ética e do combate à corrupção, o PT está mais para organização criminosa do que misto de fábrica de gênios com mosteiro de monges enclausurados. Em qualquer país minimamente sério e com autoridades responsáveis, a cúpula petista estava na cadeia e o partido em processo de extinção.

Quando um pronunciamento público torna-se uma nulidade ridícula.

Por Carlos Vilela - Via Facebook
Nulidades políticas falando abobrinhas para enganar babacas.
A fala (...) dessas duas criaturas (prepostos amestrados de madama) mostra à evidência que o PT e o governo são totalmente surdos à voz das ruas ou de um mínimo de bom senso...

O Cardozão disse , em outras palavras, que se o governo de madama foi execrado hoje, só o foi por "concessão" delles petistas, ultrademocratas que são...

Portanto, devemos mais esse favor a ellezinhos...

O tal Rossetto (trotskista paleozóico) , mais casca grossa ainda, atribuiu aos cerca de 4 ou 5 milhões de manifestantes brasileiros de hoje o rótulo de "eleitores da oposição" ignorando que pesquisas recentes dão a madama apenas 7% de aprovação...

Nas contas delle, então, o Aécio teve 93% dos votos...(confissão de fraude nas urnas petistas sem recontagem?)...

Não satisfeito, o Rossetão disse que realmente o governo precisa dialogar e explicar melhor suas medidas econômicas recessivas TÃO-SOMENTE aos manifestantes chapa-branca da última 6ª feira...

Pelo andar dessa carruagem, espero , a qualquer momento, que madama convoque cadeia de TV para nos convidar a degustar uns brioches caso o dólar faça aumentar muito o preço do pãozinho francês...


Publicado originalmente no site "A Direita Brasileira em Ação"

ARROGÂNCIA E CORRUPÇÃO CEGARAM DILMA E SEUS MINISTROS, DIZ CAIADO


Senador compara Dilma a Luís XIV e pede que seja investigada
     
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou neste domingo que "a arrogância, aliada à corrupção, cegou a presidente e seus ministros", o tomar conhecimento das declarações dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral) em nome de Dilma sobre os protestos deste domingo (15).

"Confesso que imaginei que, ao voltar da Avenida Paulista, onde hoje estive de 14h até as 19h com aquela multidão, e pelo que vi na televisão em outras capitais do país, o governo teria humildade de admitir o momento político em que vivemos e falaria algo de diferente do que já vem tentando falar. Se os porta-vozes da presidente Dilma tivessem a mínima sabedoria para entender o que aconteceu não teríamos uma entrevista tão desconectada da realidade e mais uma vez essa tentativa de jogar a responsabilidade na reforma política, declarou.

Ele repudiou a afirmação de que o ato que tomou as ruas das principais cidades brasileiras teria menor valor porque só teria representado a parte do eleitoral que não votou em Dilma nas últimas eleições. "Foi extremamente deselegante com todos os brasileiros a definição rasa dos manifestantes como somente pessoas que não votaram nela. Quer dizer que não interessa mais ao governo ouvir 51 milhões de brasileiros em relação às decisões à frente do país? Pela lógica do ministro, hoje Dilma só governa então para 7% da população, que é o número revelado na última pesquisa de pessoas que ainda aprovam a sua gestão", comparou.


Caiado afirma que, uma vez que a Presidência se recusa em dialogar com a população, o dever recai agora sobre os dois outros poderes republicanos. "A responsabilidade agora recai 100% sobre os ombros do Congresso Nacional e do Judiciário. Se a Dilma ao estilo Luís XIV é insensível ao clamor popular, esses dois poderes têm que tomar as decisões e preservar o estado democrático de direto no país. Saio de hoje convencido sobre a necessidade de levá-la para a lista dos investigados. É o mínimo que se espera da Procuradoria e do Supremo Tribunal Federal", defendeu.


Publicado originalmente no Diário do Poder

Panelaços durante o pronunciamento dos ministros

BRASÍLIA



RIO DE JANEIRO




SÃO PAULO



RIBEIRÃO PRETO



SÃO BERNARDO



BELO HORIZONTE



SALVADOR



RECIFE



FORTALEZA