sábado, 5 de dezembro de 2015

Impeachment ou Intervenção, que cada um faça a sua parte


É realmente angustiante o ritmo com que as coisas evoluem no Brasil. No entanto, é o nosso ritmo! Muda-lo à força não mudará a nossa natureza.

Temos que aprender a conduzir os nossos destinos e, principalmente, aprender a definir o que de fato é bom, se não para todos, pelo menos para a maioria, e fazer acontecer sem depender de decisões sobre as quais não temos ingerência.

Temos que entender e aprender que os políticos não se constituem em uma classe profissional autônoma que trabalha para si própria. Pelo contrário, são representantes compromissados com a vontade dos que os colocaram lá e a eles devem respeito e prestação de contas.

Já os militares são o que são porque escolheram esta profissão e, com esforço pessoal, individualmente, representando unicamente a sua vocação e mais ninguém, passaram a integrar um organismo armado com missão definida.

Uma iniciativa ou uma decisão de um político representa, em princípio, a vontade de seus eleitores. Uma iniciativa ou decisão de um Comandante Militar pode ser aplaudida ou vaiada pela sociedade como um todo, mas não depende da vontade ou da pressão popular. A sua função não é eletiva, é uma conquista de esforço, de dedicação, de mérito e de demonstrações de coragem e de responsabilidade consequente.

Portanto, a decisão por uma intervenção militar, ao arrepio da Constituição, como em 64, é exclusiva dos militares, não carece de pedidos, pressões, aplausos, vaias, choros ou ranger de dentes!

O mesmo já não é válido para o impeachment, porquanto os políticos podem e devem ser pressionados para que façam, no nosso ritmo, o que nós achamos que deve ser feito!

Assim, é mais lógico que nós, cidadãos, não fiquemos esperando ou tentando induzir os soldados a fazer o que NÓSachamos que eles devem fazer, mas, antes de mais nada, fazer o que NOS cabe como eleitores dos outros cidadãos que representam a nossa vontade no Poder Legislativo.

Os militares, como tal, não com cidadãos e eleitores, farão a parte deles, se assim julgarem necessário, com ou sem a nossa demanda ou aquiescência, merecendo o nosso aplauso ou as nossas vaias. Eles não dependem disso, mas, apenas, da própria consciência cívica, patriótica e profissional!

Pensem nisso…

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