Perguntas para a
História responder. Como acusados de corrupção podem comandar e votar processo
de impeachment contra um governo, o de Dilma, acusado de corrupção?
Como Eduardo Cunha
chegou e resistiu até aqui? Aliado de PC Farias, Cunha já cunhava na Telerj no
governo Collor.
Pós-graduado no PP
de Maluf, e com Garotinho, Cunha se elegeu presidente da Câmara com
profissionais sabendo quem ele era e é.
Eleito com apoio do
PSDB, da oposição com voz e manchetes, a primeira senha de Cunha foi endereçada
justamente para aliados.
No dia seguinte à
eleição, Eduardo Cunha cunhou a senha. Disse:
-Regulação Econômica
da Mídia só por cima do meu cadáver...
Cunha foi recebido
com tapete vermelho. Articulou e impôs pautas dos seus aliados. Mesmo as
piores, como financiamento de campanhas eleitoriais por parte de empresas.
Líder do PSDB,
grande arauto anticorrupção, Carlos Sampaio protagonizou momentos inesquecíveis
na parceria com Cunha.
O "benefício da
dúvida", mesmo com contas suíças já expostas na praça, é um momento.
Outro, a reveladora foto em Brasília.
Sampaio está à
direita de Cunha. Na mesma foto, Paulinho da Força, Bolsonaro, e obscuros
personagens que se vendem como "revoltados".
Agora, a batalha do
impeachment.
Com Cunha ainda
poupado por oposição e petistas, e problemas morais também para quem só enxerga
a corrupção, já escancarada há tempos, do adversário petista.
O TCU, que com
razões condenou as "pedaladas", tem 4 dos 9 ministros citados em
investigações criminais.
Na Mesa Diretora, de
onde sai o sucessor de Cunha na presidência da Câmara, 8 dos 11 deputados
respondem a processos ou têm condenações na Justiça.
Presidente do DEM,
ativo paladino anticorrupção, Agripino Maia já é réu no Supremo. Como ja é réu
Paulinho da Força,dono do Solidariedade.
No Congresso, que
decide o impeachment, só na Lava Jato estão quase 40 investigados. Inclusive
Cunha. E o réu, em outra investigação, Renan Calheiros.
O impeachment está
com Cunha. E com Gilmar Mendes, ministro do Supremo e no TSE.
Gilmar Mendes foi à
casa do investigado Eduardo Cunha para, em companhia do investigado Paulinho,
discutir impeachment.
Tudo, quase sempre,
sob moralismo caolho, e nisso acrítico, e o silêncio cúmplice. Inclusive das
panelas.
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