Muita gente quase não se lembra mais do Afeganistão. Pois é
aquele país que dava abrigo à Al Qaeda, quando o grupo terrorista destruiu, em
2001, as Torres Gêmeas, em Nova York.Pois bem, os Estados Unidos invadiram o
país e defenestraram os radicais que o governavam, que é o Talibã. Esse grupo
radical sunita virou então um exército de guerrilheiros. Até o ano passado,
eles ainda eram combatidos por forças da Otan, a aliança militar ocidental.
Se o Exército regular afegão desse conta do recado, até os americanos
já teriam retirado suas forças. Mas não é o que está acontecendo. Há uma
semana, o Talibã tomou por três dias a cidade de Kunduz, uma capital provincial
bem ao norte. Antes de ser rechaçado, o grupo carregou as armas e limpou os
cofres dos bancos locais.
Pois hoje o presidente Barack Obama anunciou que os
americanos manteriam a presença militar no Afeganistão, mesmo depois que ele
deixar a Casa Branca, em janeiro de 2017. Ele descumpre, com isso, mais uma de
suas antigas promessas.
Atuam hoje no Afeganistão quase 10 mil militares Americanos.
Permanecerão pouco mais de 5.000. O país é um pouco maior que o Estado
brasileiro de Minas Gerais, e tem 32 milhões de habitantes. É uma mistura de
deserto com montanhas. E o Talibã não é a única força de guerrilha que luta
contra o governo pró-americano. Tem também o malfadado Estado Islâmico, que só
nos últimos dois meses organizou cinco grandes ataques a cidades.
O Estado Islâmico está se expandindo. Não atua apenas na
Síria e no Iraque. Os Estados Unidos são tradicionalmente acusados de serem os
gendarmes do mundo. Pode até ser verdade. Mas eu quero ver o que aconteceria
nessa imensa região se fossem embora todos os militares americanos. O Oriente
Médio e aquele pedacinho de Ásia cairiam sob o controle de terroristas. Não é
bem o que a gente quer.
É assim que o mundo gira.
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