domingo, 18 de outubro de 2015

Obama muda e decide manter tropas no Afeganistão



Muita gente quase não se lembra mais do Afeganistão. Pois é aquele país que dava abrigo à Al Qaeda, quando o grupo terrorista destruiu, em 2001, as Torres Gêmeas, em Nova York.Pois bem, os Estados Unidos invadiram o país e defenestraram os radicais que o governavam, que é o Talibã. Esse grupo radical sunita virou então um exército de guerrilheiros. Até o ano passado, eles ainda eram combatidos por forças da Otan, a aliança militar ocidental.

Se o Exército regular afegão desse conta do recado, até os americanos já teriam retirado suas forças. Mas não é o que está acontecendo. Há uma semana, o Talibã tomou por três dias a cidade de Kunduz, uma capital provincial bem ao norte. Antes de ser rechaçado, o grupo carregou as armas e limpou os cofres dos bancos locais.

Pois hoje o presidente Barack Obama anunciou que os americanos manteriam a presença militar no Afeganistão, mesmo depois que ele deixar a Casa Branca, em janeiro de 2017. Ele descumpre, com isso, mais uma de suas antigas promessas.

Atuam hoje no Afeganistão quase 10 mil militares Americanos. Permanecerão pouco mais de 5.000. O país é um pouco maior que o Estado brasileiro de Minas Gerais, e tem 32 milhões de habitantes. É uma mistura de deserto com montanhas. E o Talibã não é a única força de guerrilha que luta contra o governo pró-americano. Tem também o malfadado Estado Islâmico, que só nos últimos dois meses organizou cinco grandes ataques a cidades.

O Estado Islâmico está se expandindo. Não atua apenas na Síria e no Iraque. Os Estados Unidos são tradicionalmente acusados de serem os gendarmes do mundo. Pode até ser verdade. Mas eu quero ver o que aconteceria nessa imensa região se fossem embora todos os militares americanos. O Oriente Médio e aquele pedacinho de Ásia cairiam sob o controle de terroristas. Não é bem o que a gente quer.

É assim que o mundo gira.

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