Por Tulio Milman
Um general de
exército, diante de uma platéia composta por civis e militares, completamente
aberto ao diálogo. Aconteceu ontem, em Porto Alegre, na abertura de um evento
organizado pelo CPOR. (OBS: muitos civis, inclusive alunos de
faculdades. militares da reserva e alunos CPOR).
O Comandante Militar do Sul, General Antônio Mourão, expôs suas visões sobre o
Brasil contemporâneo para um auditório lotado. “São as minhas opiniões”, deixou
claro antes de começar. Alguns dos posicionamentos de Mourão, um dos militares
mais influentes do país:
Sobre a política no Brasil:
- “Os políticos viraram escravos das pesquisas de opinião. Esquerda e direita
se encontram na corrupção”.
- “Cadê o líder aqui na América do Sul? Temos algumas figuras de folclore”.
- “Não é possível que um governo tenha 22 mil cargos de confiança para nomear”.
Sobre relações exteriores:
- “O Itamaraty foi bypassado pelo Foro de São Paulo. É ele que dá o ditame de
uma diplomacia paralela”.
Sobre o papel do Exército:
- “Nós sabemos como fazer. O que fazer tem que ser definido pelo conjunto da
sociedade”.
- “O emprego do Exército na segurança pública deve ser limitado no tempo e no
espaço. Somos treinados para outra coisa. Mas a gente não escolhe missão”.
Sobre a qualidade das informações passadas aos governantes:
- “Quem decide precisa de uma agência de inteligência forte. Hoje, nossos
agentes são escolhidos por concurso e têm seus nomes publicados no Diário
Oficial. O Brasil é o único país do mundo onde isso acontece”.
Sobre o desfecho da crise política:
Mourão identifica quatro cenários possíveis para o Brasil.
- 1. Sobrevida – Mesmo enfraquecido, o governo Dilma chega ao final do mandato.
- 2. Queda controlada – Dilma renuncia ou se afasta por iniciativa própria,
negociando a transição.
- 3. Renovação – Descontinuidade do governo com novas eleições.
- 4. Caos.
Fonte: Alerta Total
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Túlio Milman escreve o Informe Especial na página 2 do
jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde o resumo da palestra do General de
Exército Antônio Mourão, no CPOR, foi publicada em 16 de setembro de 2015.
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