Por Diego Casagrande
A proibição das
doações de empresas em campanhas eleitorais pelo STF, a pedido da OAB petista e
com comemoração carnavalesca pelo PT e PSOL, é um golpe contra a democracia. Um
golpe bolivariano aplicado para manter no poder quem já tem o poder. E o pior:
com cara de algo legítimo, constitucional.
Não há país livre no mundo onde uma patuscada destas aconteça. Não existe
eleição sem financiamento.
Criar limites,
aprimorar as regras e dar transparência às doações é uma coisa. Criminalizar
duramente quem desrespeitar as regras também. Mas proibir empresas que estão
legalmente constituídas gerando empregos, renda e desenvolvimento de doar
alegando que isso gera corrupção é raso, surreal, um atentado contra a
liberdade. Seria como proibir o automóvel porque o Brasil é campeão mundial de
mortes no trânsito.
Para quem não sabe,
95% das empresas brasileiras são micro e pequenas. E apenas 20 dentre as
maiores empresas nacionais respondem por mais de 50% das doações para os
grandes partidos. Portanto, o problema não são as doações e sim a distorção,
que sempre pode ser corrigida. Ao invés de se jogar a água do banho fora, se
jogou a água, a bacia e a criança junto.
Os espertos
bolivarianos, apanhados no maior esquema de roubo de dinheiro da história
brasileira, inventaram um discurso redentor, valeram-se da mídia amestrada para
pautar o que é a verdade deles, conseguiram fazer as pessoas ingênuas repetirem
que o "financiamento privado é a causa da corrupção" no país, e
contaram com o STF ideológico de Toffoli e Lewandowski para colocar o cabresto. Bye
bye, democracia. Bem-vindo, caixa dois bolivariano. Em breve as contas nos
paraísos fiscais serão movimentadas para perpetuar a turma vermelha.
E mais. Ainda que eu
não soubesse nada sobre o que foi discutido, pelo simples fato de PT e PSOL
comemorarem como final de Copa do Mundo esta proibição tosca, é sinal de que
não é bom para o país.
Ou o Congresso
derruba essa porcaria fazendo uma emenda constitucional que permita a doação
privada ou tratem de colocar uma estatueta do pixuleco no altar de casa. Mas
não deixem a carteira por perto.
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