Por Ucho.Info
Andando de lado – Na terça-feira (22), o dólar ultrapassava
a barreira dos R$ 4 quando o governo petista de Dilma Rousseff, cada vez mais
desacreditado e perdido, decidiu interromper a operação que visava impedir a
apreciação dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional. A ideia dos
palacianos era mandar um recado ao mercado financeiro a partir da certeza do
governo de que os vetos seriam mantidos, fruto de uma negociação espúria marcada
por vergonhosa oferta de cargos na máquina federal, em especial ao PMDB,
principal partido da base aliada.
Com 26 dos 32 vetos mantidos pelos parlamentares, inclusive
da oposição, o Palácio do Planalto rompeu esta quarta-feira (23) em clima de
comemoração, como se o resultado da sessão que avançou pela madrugada fosse uma
conquista extraordinária. É fato que a manutenção de alguns vetos evita a
criação de novas despesas, mas o principal deles, o de número 26 (reajuste
salarial dos servidores do Judiciário), ainda será analisado por deputados e
senadores. Isso significa que no caso de o veto ser derrubado, o esforço do
governo para reequilibrar as contas e conseguir superávit de 0,7% do PIB em
2016 irá pelos ares.
O Brasil vive a mais grave crise de todos os tempos, “como
nunca antes na história deste país”, mas os parlamentares, que deveriam atender
aos anseios da população, decidiram acompanhar o governo em votação que poderia
ser a pá de cal faltante para a renúncia de Dilma Rousseff, que não mais pode continuar
comandando a nação por conta da falta de competência, moral e ética.
A decisão tomada nesta madrugada não significa que Dilma
conseguiu uma senha para momentos de alívio no poder, pois os defensores da
saída da presidente não querem criar um cenário de dificuldade para o próximo
governante, o que invalidaria qualquer um dos discursos messiânicos proferidos
nos últimos tempos. Considerando que Dilma vem sendo acusada de mentir na
corrida presidencial de 2014, a decisão tomada pelos adversários é cautelosa e
pode postergar a queda da petista.
A eventual resposta ao mercado financeiro que surgiria a
partir da avaliação dos vetos não surtiu os efeitos esperados, pois na manhã
desta quarta-feira o mercado de câmbio abriu os negócios sem dar importância à decisão
dos congressistas. O dólar comercial começou o dia sendo vendido a R$ 4,0480,
mas às 11 horas a moeda norte-americana era comercializada a R$ 4,0926. Ou
seja, o mercado financeiro continua desconfiando do mais corrupto e
incompetente governo da história nacional.
Teimosa e dona de personalidade que não aceita o
contraditório e muito menos aceita a derrota, Dilma presta um enorme desserviço
ao País ao insistir em permanecer no poder. Qualquer melhora no cenário
econômico surgirá no rastro da aprovação do pacote de ajuste fiscal, que não
será aprovado enquanto a petista não renunciar ou for impedida. Pelo menos é
esse o discurso que toma conta do Congresso, onde parlamentares trabalham pela
queda de Dilma. Ou seja, a essa altura os vetos presidenciais representam
apenas um detalhe nesse imbróglio que pode sepultar de vez o projeto
totalitarista de poder do bandoleiro Partido dos Trabalhadores.
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