Caros amigos
Desde o início da “crise militar” – criada pela traiçoeira
incompetência do PT e pelos não menos incompetentes, atabalhoados e traiçoeiros
dirigentes do seu pretenso braço armado, o chamado “exército do stalinde” –
que estou “virado no back”(*) dos
Comandantes das FFAA, em particular do Gen Eduardo Villas Bôas e de seu Chefe
de Estado Maior, Gen Sérgio Etchegoyen, confiante no contra ataque e na
marcação do gol da vitória.
Sem desdenhar da gravidade da investida, mas com a
tranquilidade de um soldado que conhece a sua Força e de um subordinado que
acredita no seu Comandante, manifestei, desde a primeira hora da investida
adversária, a minha confiança na competência e no senso de responsabilidade de
quem, por formação profissional e moral, sempre foi melhor do que os
citados conspiradores.
Há muito aprendi que o mínimo de competência a ser exigido
de um chefe-líder é a competência para usar a competência dos
seus parceiros e subordinados, é o “saber quem sabe”, é ter humildade para
ouvir, coragem para decidir e determinação para executar!
As FFAA saem fortalecidas deste evento pois deixaram muito
claro ao inimigo que não estão alheias às suas manobras, por mais dissimuladas
e sutis que possam parecer e que não permitirão qualquer interferência política
ou ideológica nas clausulas pétreas que têm alicerçado a formação de seus
quadros, o seu processo evolutivo e o seu histórico compromisso com a
democracia.
Minha confiança nos Comandantes, hoje redobrada, foi
criticada por muitos, alguns por justificado desconhecimento, outros por me
julgarem desinformado e até conivente com o inimigo, outros por temer pela
ingenuidade e pela aparente apatia dos militares face à falta de caráter
daqueles com os quais têm que conviver por força de preceito constitucional,
outros, ainda, criticaram-me por serem vítimas da vaidade e da arrogância que
os faz julgarem-se os donos absolutos da verdade e os únicos capazes de
defender o bem.
O artigo, publicado no jornal Zero Hora (Decreto Sobre Militares) de 14 de
setembro, de autoria do Jurista e Ex Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, reporta com segurança e profissionalismo o trabalho realizado pelas
Forças para neutralizar a ousadia dos canalhas e que contou com seu pronto e
competente assessoramento (é preciso “saber quem sabe”).
Continua a valer, portanto, a afirmação de que a sociedade
pode confiar no bom senso e nas atitudes dos homens a quem confia o último
recurso da razão e o PT e seu “exército”, por sua vez, continuam a saber que as
Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas.
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(*) Estar “virado no back” é uma expressão de confiança
usada no pólo, quando um jogador toma a nova direção da bola, antes mesmo que seu
companheiro realize a tacada.
(**) Para esclarecimento de quem pensa que sabe tudo, meu
posto, constante da correspondente Carta Patente, é o de General de Brigada,
nela não constando a expressão, “da reserva” ou a partícula “R1”, o que me
faculta usá-las se e quando me convier.
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