segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Por que não um Memorial da Corrupção?
(Mais uma tentativa!)



"Vermelho comunismo": projeto do memorial tem seta 
em alusão ao golpe de 64
Caros amigos

O governo do Distrito Federal insiste em dar continuidade ao projeto de construir, em plena crise financeira e no Eixo Monumental de Brasília, um memorial a João Goulart, um presidente não eleito cuja única atitude coerente foi abandonar o cargo e fugir para o Uruguai!

Jango estava no limbo de sofrer um golpe da “esquerda aliada” que, além de tirá-lo do governo, com certeza, o levaria à morte no paredão, como reza a cartilha e a tradição comunistas. Salvou-o do triste e violento fim o contragolpe que, em 31 de março de 1964, representando a vontade nacional, mudou, para sempre, o rumo e o destino do Brasil.

Seguindo a tendência de “fazer lembrar para não repetir”, a “moda” vigente no País é a de erguer ou transformar logradouros e prédios, públicos ou não, em memoriais voltados para a preservação da lembrança de práticas e fatos que, por suas características, se pretende abolir do repertório das ameaças aos “Direitos Humanos”. Cabe, aqui, transcrever o texto a seguir:

A corrupção representa uma violação das relações de convivência civil, social, econômica e política, fundadas na equidade, na justiça, na transparência e na legalidade. A corrupção fere de morte a cidadania. Num país tomado pela corrupção, como o Brasil, o cidadão se sente desmoralizado porque se sabe roubado e impotente. Sabe-se impotente porque não tem a quem recorrer. Descobre que os representantes traem a confiabilidade do seu voto, que as autoridades ou são corruptas ou omissas e indiferentes à corrupção, que os próprios políticos honestos são impotentes e que a estrutura do poder é inerentemente corruptora”.José Genoino em “A corrupção e morte da cidadania” – O Estado de S.Paulo, 29 de abril de 2000.

O texto não pode ser mais preciso e completo para definir um crime que, por atingir indiscriminadamente todos os cidadãos, toma a forma e a hediondez do genocídio. Mais completa se torna a descrição quando sabemos que o autor é um consagrado corrupto julgado e condenado.

Por que então, aproveitando o embalo da vontade de construir um inócuo memorial a um Vice-Presidente, não erguer um “Memorial da Corrupção”, tendo como logradouros lógicos para abrigá-lo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, a Esplanada dos Ministérios, a sede nacional do PT ou das grandes empreiteiras brasileiras?

Nenhuma outra prática, ação, ou mesmo omissão produz mais ofensas aos DH do que a corrupção. Ela é como uma bomba terrorista de destruição em massa, pois, sem qualquer escrúpulo, fere, mata e espalha a destruição física, financeira e moral por todo o país.

No Brasil de hoje, patrocinados pelo oficialismo, os malfeitos e a impunidade já causaram mais vítimas entre nós, e seguem causando, do que todas as guerras que lutamos ao longo da nossa história.


Fica, pois, a proposta ao Sr Governador e à Câmara de Deputados do Distrito Federal, um Memorial da Corrupção e não ao Fujão!

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