Por Ernesto Caruso
As imagens próximas
ao Instituto Lula no dia 16 de agosto não apresentaram os amigos do Sr Lula, os
que normalmente são os comensais nos salões palacianos como no
churrasquinho da “presidenta” Dilma, como parece. Lá estavam bem
aparelhados outros “amigos” com camisetas e bonés da CUT, suporte
logístico de ônibus fretados, sanitários químicos, tendas, bebida e
churrasquinho. Presença de 5.000 a 600 pessoas, de acordo com as várias
avaliações.
O chavão, “O Lula é
meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo.” soou artificial no evento
patrocinado pela entidade sindical, que recebe recursos dos
trabalhadores, mas de resultado pífio, inexpressivo diante da grandiosidade do
espetáculo cívico das manifestações contra o governo de Lula/Dilma/PT.
Houve até convocação
que não adiantou muito: “Seja como for, a vigília no Instituto Lula no próximo domingo
será um ato de resistência ao avanço fascista... Exorta a todo
aquele que preza a democracia, a liberdade de pensamento e a liberdade
de expressão a comparecer ao Instituto Lula. A melhor hora para chegar
ao Instituto no domingo será no fim da manhã... Quando os fascistas estarão
saindo à rua paraperpetrarem novo atentado contra o Estado de Direito e a
democracia ao pedirem golpe.” Será que os 71% de reprovação ao
governo Dilma são fascistas? Milhões presentes de um lado e 600 do outro!
A terceira reprovação
popular ao lulopetismo no espaço curto de tempo entre março e agosto neste ano
de 2015 apavora tanto a cúpula da estrela vermelha que mesmo
na noite de domingo se fez presente no Palácio do Planalto, estranhamente com a
presença do ministro da Defesa Jaques Wagner. Será que este está preocupado com
a segurança nacional, que recentemente ao responder a uma jornalista disse que
não quer nem ouvir falar dessa expressão?
A intenção de
minimizar o volume da explosão popular contra o governo não condiz com as
providências da “presidenta” no imediatismo da convocação de ministros e outros
auxiliares, associadas às que o ex-presidente Lula articula com os entes
ligados aos movimentos sociais tipo MST e sindicais, diante do clamor
de uma nação inflamada pelo elevado grau de corrupção petista.
Óbvio que ligadas às
preocupações, estão as denúncias que se aproximam do Lula, como a
gravação da escuta telefônica autorizada
sobre o executivo da Odebrecht no dia 15 de junho de 2015. O assunto abordado
pouco importa com as atenuações que vão pretender justificar o contato, mas que
pegou muito mal, não há dúvida. A pronta resposta da multidão está viva
na memória dos brasileiros e registrada na imprensa internacional, nos
dísticos referentes ao impeachment da Dilma, fora PT, e no gigante boneco do
Lula em trajes de presidiário.
Parte da mídia bate
na tecla na redução do número de participantes das manifestações, expressiva na
primeira, com queda na segunda e aumento na terceira. Ora, os milhões
de participantes nas capitais do país e muitas cidades do interior,
nunca antes vistos, pintando as ruas de pujante tapete verde-amarelo de
brasilidade são insuficientes para demonstrar o
desconforto do povo? E mais, tapete verde-amarelo de descontentamento estampado
nas primeiras páginas dos jornais do mundo inteiro, destacado pelas manchetes
com a citação do nome Dilma Roussef.
O povo não vai sair do movimento ordeiro, respeitador do
patrimônio público e privado, já chamado pelos petistas de fascistas e
golpistas, para adotar a prática do exército bolchevique, ou milícias
anarquistas bolivarianas, admirados por essa esquerda revolucionária.
Mas, vai
exigir a extinção do projeto podre de poder e mudanças radicais na
administração de todos os níveis dos poderes constituídos, com redução dos
gastos públicos, do número de parlamentares, das mordomias, dos aumentos de
salários que assinam em benefício próprio a descuidar dos aposentados e
contribuintes que não contam com a assistência que lhes é devida.
Fonte: JusBrasil
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