segunda-feira, 27 de julho de 2015

Um Governo de Merda

Por Carlos I. S. Azambuja

Um cara não é de esquerda, mas é metido a ser de esquerda, me perguntou se não é verdade que Pinochet acabou de rasgar a Constituição que Allende havia desrespeitado. Dei a resposta abaixo:

Prezado Kamarada:

Tento responder. Allende só foi confirmado presidente pelo Congresso após assinar um documento prometendo respeitar a Constituição. Tomou posse em 1971 e governou por 2 anos, ignorando aquilo que havia prometido ao Congresso. Então, a Câmara dos /Deputados informou aos ministros, em 23 de agosto de 1973, que Allende estava na ilegalidade. Dia 11 de setembro as tropas amanheceram nas ruas de Santiago. Allende foi, por várias vezes, instado, pelos ministros militares, a renunciar, conforme se pode ouvir no CD vendido anexo ao livro “Interferência Indevida”, de Patricia Verdugo (o CD narra, ao vivo, as conversas entre os comandantes militares desde as primeiras horas de 11 de setembro).

Allende negou-se a renunciar, dizendo que era “muy macho”. Foi avisado que o Palácio La Moneda, onde se encontrava, seria bombardeado. Fez pouco caso e parece que não acreditou. Vendo que não era brincadeira, pois o Palácio começou a arder, cometeu o suicídio com uma arma que lhe havia sido regalada pelo kamarada Fidel Castro.

O MIR, o PCCh e os famosos “cordones industriales”, que por várias vezes anunciaram que dariam respaldo a Allende, chegando a pichar paredes com a consigna “Este governo é uma merda, mas é o meu governo”, não apareceram para defender a merda.

E o presidente petista Rui Falcão ainda roubou a frase original dos chilenos...


Fonte: Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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