Por Diário do Poder
A defesa do senador alega que ele já se colocou à disposição
para ser ouvido Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
|
O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL)
classificou como "invasiva e arbitrária" a operação da Polícia
Federal, que cumpriu um mandato de busca e apreensão nesta terça-feira em seu
apartamento em Brasília.
"A defesa do senador Fernando Collor repudia com
veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência.
A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que
os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já
é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer
chamado a prestar esclarecimentos", diz a nota publicada no Facebook de Collor.
O texto diz ainda que o senador já se colocou à disposição
para ser ouvido pela Polícia Federal, mas que, por duas vezes, o depoimento foi
desmarcado na véspera. "Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o
destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar
futuras testemunhas", diz a nota.
Collor criticou ainda o que chamou de desrespeito às
garantias individuais pelo "Estado policial". "Se nem os membros
do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à
mercê dos Poderes do Estado", afirmou.
Seis agentes da Polícia Federal deixaram o apartamento
funcional ocupado por Collor por volta das 9h40 desta terça-feira levando um
malote. A PF cumpre outros 52 mandados de busca e apreensão envolvendo outros
dois senadores - Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI) -, um
deputado federal - Eduardo da Fonte (PP-PE) -, além do ex-ministro das Cidades
Mário Negromonte (PP-BA) e o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC).
A operação, batizada de Politeia, é a primeira deflagrada no
âmbito dos inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para
apurar suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios da Petrobras. As
ações estão sendo realizadas em Brasília e em seis Estados: São Paulo, Rio de
Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco.(AE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário