Caros amigos
Prestígio não se ganha. É algo que se conquista com atitudes
e propósitos sérios e honestos. No caso das Forças Armadas, alicerçados no mais
alto grau de patriotismo, na determinação, na abnegação, na disciplina e no
comprometimento, entre outros atributos.
Para o cumprimento da missão de defender a Pátria e de garantir
a lei e a ordem, a identidade das FFAA com a sociedade em nome da qual empunham
suas armas é condição básica de legitimidade e de eficiência.
Como disse, há algum tempo, um Comandante do Exército: “o
Exército não tem coloração político partidária”. Dito que corrobora mensagem do saudoso estadista
cearense, Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, nos idos de 1964,
quando exercia a chefia do Estado Maior do Exército: “Os meios militares
nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de
Governos, muito menos a sua propaganda, mas para garantir os poderes
constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei”.
Esta sólida convicção confere às FFAA a estrutura moral que
lhes permite suportar os desafios das circunstâncias sem perder de vista o
comprometimento com a missão constitucional e com a garantia de sua efetiva
execução, independente da qualidade e da quantidade dos meios de que
dispõe, do governo da ocasião ou mesmo
de quem as esteja comandando.
O clamor público, difundido em manifestações de rua e pelas
redes sociais, demonstra a contrariedade e a desaprovação da sociedade à
desonestidade e à incompetência do atual governo, evidenciadas pela falência
generalizada da gestão pública e das empresas sob influência da sua ambição.
Os dirigentes políticos conhecem tanto o poder do prestígio
conquistado pelos soldados quanto as vulnerabilidades que a descoberta de seus
malfeitos e improbidades representam para o governo. Conhecem, também,
frustrados, o descolorido político e o comprometimento único do Poder Militar
com o Estado brasileiro.
A Nação, parece, está cansada de ser enganada e de enganar a
si mesma e dá-se conta de que as suas mais poderosas armas são o amor-próprio,
a autoestima, o orgulho, a consciência dos seus direitos e deveres e a vontade
de lutar para garanti-los.
Aconteça o que acontecer os soldados saberão cumprir o seu
dever e, sem desmerecer o prestígio e a confiança que lhes dedica a Nação,
saberão respaldar, com o seu poder, o legítimo emprego dessas armas!
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