sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Dilma engana os pobres do Nordeste (de novo) e espanca o idioma (como sempre)...
Comento frase por frase, com destaque para: “Gente, eu engasguei comigo mesma”


Comento abaixo um trecho do discurso indecente de Dilma Rousseff nesta quarta-feira (25) na Bahia. A presidente está no Nordeste para recuperar a popularidade perdida na pesquisa do Datafolha. Como? Enganando mais uma vez os pobres e espancando o idioma, é claro.


I. “Eu faço ajuste no meu governo como uma mãe, uma dona de casa faz na casa dela.”

De fato, o governo do Brasil virou a casa da Mãe Dilma, que afogou o país em crise generalizada. O jornal britânico “Financial Times” acaba de apontar 10 motivos que podem levar Dilma ao impeachment:

1) Perda de apoio no Congresso;
2) Escândalo de corrupção na Petrobras;
3) Queda na confiança do consumidor;
4) Aumento da inflação;
5) Aumento do desemprego;
6) Queda na confiança do investidor;
7) Déficit orçamentário;
8) Crise econômica;
9) Falta d’água;
10) Risco de apagões elétricos.

II. “Nós precisamos agora de [sic] dar condições da gente retomar um novo [sic] ciclo de desenvolvimento econômico.”

Nós e a gente. Precisamos “de” dar. “Retomar um novo”. É um festival de agressões ao idioma em uma só frase. E se é preciso retomar o desenvolvimento econômico, é porque o desenvolvimento não existe mais. Sob o governo Dilma, só houve retrocesso. Econômico, linguístico, moral.

III. “Pra quê? Pra gerar mais emprego, pra segurar mais renda e pra fazer com que o Brasil continue a crescer de forma mais acelerada.”

Isto é discurso de candidata, não de presidente em segundo mandato. São apenas promessas de quem já demonstrou não ter a capacidade de cumpri-las.

1) O emprego na indústria, por exemplo, caiu 3,2% em 2014, segundo o IBGE, a maior queda desde 2009. O índice de desemprego no país atingiu 6,8% e deve crescer nos próximos dois anos, atingindo 7,1% em 2015 e 7,3% em 2016, segundo previsão da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

2) Quando Dilma fala em “segurar mais renda”, escondo logo minha carteira. O PT já segurou uma renda de 640 milhões de reais da Petrobras.

3) Para que o Brasil “continue a crescer”, seria necessário que estivesse crescendo. A verdade é o oposto disso. Dados do Banco Central mostram que, em 2014, a economia brasileira recuou 0,15%, sendo que Dilma e Guido Mantega estimavam no Orçamento do ano passado um crescimento de 4%. A presidente arrastou o Brasil para a recessão. E a tendência é continuar piorando “de forma mais acelerada”.

IV. “Ninguém pense que por causa disso nós vamos parar programas sociais como o Minha Casa Minha Vida. Não vamos não!”

Não vão, até acabar o dinheiro dos outros, como de hábito no socialismo.

V. “E por que nós não vamos? Ora, se a gente faz essas [sic] ajustes e correções para garantir que tenha mais oportunidade para os brasileiros e as brasileiras, por que nós iríamos acabar… [Dilma interrompe a frase.] Gente, eu engasguei comigo mesma. [Dilma afeta uma limpeza gutural:] Ram-rã.”

Qualquer pessoa com consciência moral estaria mais sujeita a engasgar ao prometer o que é incapaz de cumprir. No caso de Dilma, que já afetou uma queda de pressão após o debate do SBT ao perder o raciocínio, desconfio que a frase tenha ficado longa demais para que tico e teco pudessem concluí-la.

VI. “Por que que nós vamos acabar [?], e não expandir [?] programas da importância do Minha Casa Minha Vida?”

Isto é Dilma, completamente perdida, contradizendo-se involuntariamente, antes de recorrer à sua colinha e mudar de assunto. Os momentos mais sinceros de seus pronunciamentos são esses atos-falhos.

VII. “Por isso eu quero dizer pra vocês: eu tenho coragem suficiente pra fazer as mudanças que são necessárias.”

Dilma só tem coragem suficiente para enganar trouxas com novas promessas.

VIII. “Por quê? Eu tenho só um compromisso na minha vida: o compromisso com a população e a cidadania desse país, com o povo pobre desse país.”

Se isto fosse verdade, Dilma já teria renunciado há muito tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário